Nossa última viagem de 2007 - Montreal

Aproveitamos os dias de folga para uma viagem até Montréal (Mont Real). Queremos aproveitar todas as oportunidades para explorarmos todas as possibilidades que o Canadá nos oferece. Ainda temos dúvidas se gostamos de Toronto, o que significa que não nos apaixonamos pela cidade logo que chegamos. Para dizer a verdade, sentimos uma certa decepção nos primeiros dias, mas isso só o tempo dirá e lógico que continuamos nossa busca pela cidade que iremos nos apaixonar a primeira vista e podemos dizer que Montréal no momento está em primeiro lugar. Nossa lista está assim:



- Montréal (QC)
- Vancouver (BC) - Eu adoro mas o maridão ainda não conhece
- Victoria (BC) - Eu adoro mas o maridão ainda não conhece
- Toronto (ON)
- Ottawa (ON) - ainda por conhecer por nós dois
- Calgary (AB) - ainda por conhecer por nós dois.

Montréal é linda. Logo na chegada nós já sentimos a vibração totalmente diferente de Toronto. Essas coisas subjetivas são difíceis de explicar mas Montréal tem outra energia. Um astral gostoso, mais acolhedor e dinâmico. Mais patrimônio cultural e vida cultural. A influência francesa é uma benção. Não que os ingleses não sejam bacanas e cultos mas os franceses sabem curtir e aproveitar a vida. Montréal tem charme!
Minha tia-avó, que mora lá, disse que não é verdade que o francês é essencial para viver e trabalhar em Montréal. Ela disse que muito dos seus colegas falam apenas inglês. Ela fala inglês, francês e árabe. No comércio e hotéis em geral o primeiro cumprimento é em francês mas quando a resposta vem em inglês eles automaticamente mudam o idioma. Alguns sabiam mais francês do que inglês e por essas e outras que eu acho que é sim muito importante saber os dois idiomas. Quem sabe alguém de Montréal possa escrever um pouco sobre isso.
Nossa ida foi um pouco demorada pois pegamos uma tempestade de neve e fizemos os 500km em 8,5 hr. Várias paradas para um café. Muitos acidentes na estrada. Contamos 11 carros que saíram da pista e um acidente realmente feio. A neve faz o carro derrapar com facilidade e é necessário redobrar a atenção e ter experiência no volante. Logo que a neve começou a cair vários caminhões apareceram para limpar as estradas. Rápido e eficiênte. Estradas lindas, cuidadas e para nossa estranheza, de brasileiros que sempre viajavam de Campinas para São Paulo ou litoral e preparavam a carteira para pagar os inúmeros pedágios, não pagamos um único centavo! Lógico que sabíamos que não teríamos pedágios, mas ainda assim a sensação é estranhamente boa!




Como nosso carro tinha GPS foi muito fácil andar pela cidade sem perder tempo. Ficamos em um hotel super bacana. O Hotel Montreal Centrale foi reformado e tem quartos bem decorados e limpos. A recepção mais parece a sala de estar de uma casa aconchegante e o atendimento foi impecável o tempo todo. O café da manhã é simples mas honesto. A diária fica em torno de $140.00 por casal mas negociamos e o desconto foi de 25%. Como boa árabe, eu adoro esta possibilidade de negociação, que me pareceu mais comum em Montréal do que aqui em Toronto.




A Basilique Notre-Dame é uma visita imperdível. Lógico que se você já foi a Europa e visitou as lindas igrejas de lá vai achar a Basilique pequena mas ela tem detalhes lindos em sua construção.





Basilique Norte-Dame de Montréal






Outro lugar lindo é o L'Oratoire Saint-Joseph du Mont-Royal.



E não pode faltar na sua lista, mesmo que você não jogue: O Casino de Montréal que conta com um bafômetro que indica se você está em condições de dirigir.



E a área comercial, Eaton Centre e cidade subterrânea. Se estiver no Eaton Centre e gostar de crepe de Nutella vá até o Crepe du Gérard na praça de alimentação. As donas são libanesas e como boas árabes sabem cozinhar e muito bem. A massa do crepe é deliciosa e a Nutella não precisa de comentários, certo?





E última dica, que foi dada por uma senhora muito gentil que nos viu tirando fotos do prédio do BMO (Banco de Montréal) em frente a Basilique Notre-Dame. Entre no prédio do BMO e veja que construção linda! Detalhes maravilhosos para quem gosta de arquitetura e arte.






Boa viagem e feliz 2008!

PS: anônimo: infelizmente ou felizmente estaremos no Brasil na data em que você estará aqui. Ainda assim obrigada pelo convite. Aceitaremos em uma próxima oportunidade!


Atualizando o post anterior.

Dei uma passada por aqui apenas para atualizar o post anterior sobre a deliciosa feijoada que comemos outro dia.



O horário de funcionamento do Gaucho's BBQ é de:

Segunda-feira: fechado

Terça e quarta: 11:30 a.m às 8:00 p.m

Quinta, sexta e sábado: 11:30 a.m às 9:00 p.m

Domingo: 11:30 a.m às 7:00 p.m



Sábado é o dia da feijoada e domingo do estrogonofe.



Olha aí o chefe Aguinaldo com um de seus pratos:




Quem disse que em Toronto não tem feijoada com caipirinha?


Já tem umas 3 semanas que quero postar essas fotos...pra matar a vontade de comer feijoada com tempero bem brasileiro!

Se você quer uma comidinha caseira, deliciosa e com preços honestos, você vai adorar o restaurante Gaucho's BBQ, que fica aqui em Toronto. Nós nos acabamos com um belo, e bem servido, prato de feijoada e uma caipirinha bem feita e gostosa!

O Aguinaldo, cozinheiro chefe, tem mais de 10 anos de experiência em restaurantes finos e renomados de São Paulo. Veio para cá a convite de um restaurante e agora apresenta seu dom no Gaucho's BBQ! O que mais me chama a atenção em um restaurante, além da boa comida, é a apresentação do prato. Para isso o Aguinaldo também tem o dom! A laranja vem cortada, a couve bem arrumada ao lado do arroz e dos potinhos de farofa e molho apimentado. A cumbuca de feijoada, que dizem ser para um, vem muito bem servida e, se é para uma pessoa, esta tem que estar com muita fome!

Além da feijoada, o Gaucho's serve outros pratos típicos da culinária brasileira. Para nossa surpresa, enquanto estivemos por lá, vários canadenses entraram para levar para casa uma marmita. Lógico que a clientela que predomina é a brasileira e todos que trabalham lá falam português e são brasileiros mas os "gringos", que também sabem o que é bom, não perdem tempo para pedir um belo prato de feijoada. O atendimento é muito amigável. Você se sente em casa! Tudo muito limpo! Ainda é um espaço pequeno que com certeza crescerá muito! Parabéns aos donos, Fernando e Tânia, e principalmente ao chefe Aguinaldo! Quando for almoçar por lá, pode dizer a ele que você soube do talento do chefe pelo Blog da Nanny pois eu prometi que logo ele ficará famoso como merece!

Para provar que estava tudo uma delícia, segue mais uma foto:



O Gaucho's BBQ fica na 1745 Dundas St West, esquina com a Lansdowne. Tem street car na porta!

Não sei bem o horário de funcionamento mas sei que eles abrem aos finais de semana para almoço até às 7:00 pm e segunda está fechado. Nos outos dias da semana, acredito estar aberto apenas para o almoço.



Bom apetite!

PS: - PH, de nada! Continue com seu Blog também! Quanto mais informações, melhor!

- Edu, a maioria das escolas de inglês são as que trabalham com intercâmbio. Para ter um lugar ao sol você deve ter o certificado canadense, como comentei anteriormente. Não conheço escola que contrate sem o certificado. O único problema nessa profissão, tanto aí no Brasil, como aqui no Canadá, é que você nunca tem garantia de quantas horas por dia irá trabalhar! No inverno as coisas ficam complicadas por aqui pois o número de alunos internacionais é bem menor. São muitos os professores que conseguem 6 a 7 horas por dia no verão mas no inverno são obrigados a reduzir para 3 ou 4 horas diarias. Eu tenho a sorte de trabalhar na coordenação para o programa do dia e na recepção no programa da noite o que garante minhas horas de trabalho. Acredito que você ficará muito mais feliz trabalhando aqui pois no mínimo dá para viver bem com essa profissão, o que não é uma realidade aí no Brasil.

-Fá, não foi do nada que resolvemos nos mudar. Imigrar não é nada fácil. Tem muita coisa para pensar e quando você chega aqui, outras questões virão a sua cabeça! Isso é natural. Nós estávamos exaustos da violência e da falta de justiça aí do Brasil. Se não fosse por este motivo, nós ainda estaríamos morando aí! O Brasil é lindo e todos que amamos estão aí! O Canadá é seguro e a qualidade de vida está aqui!

Real State - a estratégia da mídia

Antes de mais nada, vamos as respostas dos comentários do post anterior:

Ph: tentei responder no seu Blog mas por algum motivo não consegui, então aqui vai: Quando demos entrada em nossa documentação o processo ainda era o "normal" ou "complicado", porque agora o processo é o "simplificado" mas nem por isso mais simples e rápido....hehehehe
Nós não traduzimos nenhum documento. Mandamos todos em português mesmo e nada mais foi solicitado. Cópias de diplomas ou documentos importantes eu mandei autenticado. Antes de enviar seus documentos, pergunte ao consulado se realmente existe a necessidade de traduzi-los. Eu realmente acredito que não.
Ainda sobre a tradução: soube de pessoas que traduziram (juramentado) a carteira de motorista no Brasil e quando chegaram aqui tiveram que traduzi-la novamente. Nós traduzimos a carteira de motorista aqui (Canadá). Pagamos $ 30.00 e demorou 10 minutos.

Sarah Richards: Thank you very much for your support.

Dani e Rafa: nós não furamos no último encontro. Estávamos na IKEA fazendo compras para a casa..r.s.r.s.r.s...Jura que só ano que vem agora? Que tal um encontro antes do Natal?




Fui criada acreditando que dinheiro na mão é vendaval ou dinheiro na mão escapa como água e por este motivo adoro um imóvel. Nada como "empatar" seu dinheiro em um investimento seguro. Sei que os investidores com profundo conhecimento de como fazer seu dinheiro render e trabalhar a seu favor vão dizer que nem sempre é assim e que nem sempre um imóvel é o melhor destino para o seu dinheiro. Concordo. Ainda assim, gosto do mercado de imóveis e é notório que real state garante bom retorno, veja Donald Trump! Tá certo, ele agora ganha uma grana fazendo um show na TV, mas começou com imóveis, foi não?
Tem um condomínio no cruzamento da Yonge/Eglinton que está terminando de ser entregue. Eu acho lindo o prédio. Tudo novinho, design moderno, conforto, academia, shopping, estação de metrô, banco. Tudo ali, no térreo do prédio. Uma das torres foi entregue neste verão. Os coitados que mudaram para lá tem que conviver com a obra da outra torre. Não deve ser nada agradável. A outra torre, pelo que me disseram, está um pouco atrasada mas será entregue no próximo verão (2008). Quem comprou o apartamento na planta já lucrou 100%. O valor de revenda no momento é o dobro do valor de compra na planta. Tá certo que para quem tem que pagar aluguel e financiamento a conta não é a mesma.
Um casal, que mora no mesmo prédio que eu, avisou ao proprietário que iria mudar em 2 meses. O condomínio deles estava para ficar pronto mas logo em seguida eles "mudaram" de idéia e resolveram pagar mais um ano de aluguel. O apartamento deles sofreu um pequeno atraso de 1 ano e meio e se não der para pagar o aluguel e o financiamento eles mudam para a casa da mãe, dele ou dela!
Comprar um imóvel na planta é um risco que se corre aqui ou no Brasil. Não adianta dizer que aqui é garantido. Nananinanão. Talvez as ferramentas para cobrar uma indenização, por exemplo, sejam melhores, mas ninguém pode garantir que o prédio ficará pronto e como você viu na planta até o dia que você pega as chaves e vai olhar o acabamento do seu apartamento com seus próprios olhos.
No Brasil então, pior ainda! Quem sabe me contar o que aconteceu com o caso da Encol?
Ainda assim eu arrisco num imóvel.
Li o post da Dani e Rafa sobre um novo prédio que vai "subir" na Yonge/Bloor e que tinha fila quando o escritório de vendas abriu. No post, ela questionava onde estão todas essas pessoas com grana para comprar as unidades de luxo. Tem muita gente com grana, não? Afinal a fila dava volta no quarteirão e olha que quarteirão daqui é grande!
Na academia ouvi duas corretoras de imóveis comentando que muitos daqueles que estavam na fila foram pagos por imobiliárias para estarem lá. Porque? Ah, isso não deu para ouvir! Você acha que eles estavam guardando lugar na fila ou eram figurantes de propaganda?
Uma conhecida comprou uma casa linda em Etobicoke. Disse que lá morava um senhora de idade bem avançada, que morreu. Seus herdeiros não viam a hora de vender o imóvel para dividir a grana. Ela afirmou: fique de olho nesse pessoal de mais idade! É um ótimo negócio! Tem corretor especializado neste segmento. Lógico que para vender rápido o preço cai, certo?
Outro conhecido comprou a casa em um leilão. Esse igual no Brasil, quando os bancos colocam os imóveis recebidos de volta no mercado (por falta de pagamento do financiamento) em leilões para recuperar parte do prejuízo, o valor abaixo do mercado é o grande atrativo. O coitado fez a oferta e levou a casa que fica em um bairro bom em Toronto. O que ele não imaginava é que teria que abrir uma ação de despejo contra o inquilino problemático que vivia (e ainda vive) na casa (ocupa um dos andares) e que teria novos inquilinos: ratos!
Ainda assim eu arrisco em um imóvel!

E o Unzip entrou na rota da premiação.


Com pedido de permissão do Blog Batom Cor de Rosa é que coloco a imagem do prêmio "Escritores da Liberdade" que foi concedido pelo Era do Gelo a este tão sem pretensão blog: Unzipcanada. Ganhar um prêmio já é uma delícia, mas ser indicada por alguém que você admira pela garra e força de vontade e pela inteligência e clareza de raciocínio, além dos seus excelentes textos, é mais um prêmio! Muito obrigada, Paula.
Agora é a minha vez de indicar meus blogs favoritos: - pena não poder indicar o Era :-( -

Crônicas do Iglú: pelo bom humor de seus textos e honestidade em suas opiniões. Flávia, com seu pacotinho de aventuras e o marido gringo, me traz alegria sempre que leio seu Blog;

Luis e Tati no Quebec: foi o primeiro Blog que li quando iniciamos nosso processo de imigração. Sempre muito informativo. Pena que o Luis parou de escrever por lá;

Tapioca Congelada: Sempre com muitas fotos e vídeos;

Miriam no Canadá: Leio sempre que posso para acompanhar as aventuras dessa garota loirinha e delicada que tem uma profissão diferente e vive em Edmonton;

The Beaver Tales: Adoro este pessoal.

Agora, o que eu quero saber é: quando vou conhecer os Blogueiros e simpatizantes de Toronto? Quando será o próximo encontro?

O primeiro emprego a gente nunca esquece II.


Eu já escrevi um post com o mesmo título, eu sei, mas como somos um casal, temos que comemorar duas vezes, certo?
Após quase 9 meses de Canadá e o obstáculo do idioma para ser superado, meu querido e muito determinado marido, acaba de ser contratado por um importante jornal de Toronto para colaborar como diretor comercial. Nós estamos muito felizes com mais esta conquista, deste casal que vem, como muitos outros, enfrentando os desafios da imigração.
Tenho que dizer que meu marido é o tipo de pessoa que faz a oportunidade e nunca esperou a oportunidade "aparecer", pois como ele diz: oportunidade não aparece, ela é criada!
Uma das formas de se criar oportunidades e começar seu networking no Canadá, é sendo voluntário. O maridão, que por muitos anos trabalhou com marketing esportivo, foi voluntário na FIFA durante o campeonato mundial de futebol SUB-20 (Under 20), onde ele pode conhecer pessoas ligadas ao mercado que ele atua.
O marido continua sua luta para melhorar seu conhecimento do idioma mas já está apto a pedir seu café (quem acompanha o Blog sabe da história do café) e também apto a entrar no mercado de trabalho. Tenho que reforçar também que ele vinha estudando inglês 6 horas por dia no LINC e mais 2 ou 3 horas em casa com sua professora/esposa ou muitas vezes sozinho, quando a esposa estava no trabalho.
Fácil não é, mas é uma delícia ver seu esforço sendo recompensado. A luta desta vida não tem fim, a do imigrante também não, mas vencer cada batalha com esforço próprio e garra é uma satisfação indescritível.

PS: Gean, obrigada por visitar o Blog. A maioria das escolas oferecem cursos de inglês que incluem todas as habilidades (ler, escrever, ouvir e falar) mas não as separa, ou seja, você não pode estudar cada habilidade separadamente. Alguns colleges como o George Brown oferecem cursos para diminuir o sotaque, o que está relacionado com o speaking. Alguns professores de inglês dizem que este tipo de curso é bobagem. A Hansa Language Centre oferece um programa flexivel onde você pode escolher o assunto que vai estudar, como gramática, vocabulário, idioms ou listening and speaking. Com eles você pode escolher 2 ou 3 horas apenas de listening se você quiser.

PS1Wagner, o TESOL tem programas que são oferecidos no Brasil. Entre em contato com eles: Braz-tesol

Trabalhar com educação no Canadá.

Depois que escrevi o post anterior, muita gente ficou curiosa em saber como é possível ser estrangeiro e ainda assim professor de inglês no Canadá, concorrendo com os próprios canadenses. Vamos por partes:
Ser canadense ou nascido em um país onde a língua oficial é o inglês não credencia ninguém a ser professor do idioma nem mesmo garante que o indivíduo realmente saiba ler e escrever em inglês. Exemplo que temos com a língua portuguesa é o nosso Presidente da República que vive nas trapalhadas com seu sofrível português. Eu que não queria alguém com o domínio que ele tem do idioma Português dando aula para meus filhos. Com relação ao inglês e a qualquer outro idioma o exemplo acima também vale.
Muitos estrangeiros, inclusive o brasileiro, estudam muito mais gramática inglesa do que os próprios canadenses ou americanos. Isso é uma grande vantagem. Na escola onde eu trabalho 20% dos professores são canadenses e 80% são imigrantes, com inglês impecável mas um pequeno sotaque. Uma das professoras é escocêsa, onde o idioma oficial é o inglês, mas os alunos latinos e orientais sofrem para entendê-la já os alunos europeus acham lindo o sotaque que ela tem.
Para ser professor em escolas "independentes", ou seja, não regulamentadas pelas normas do Ministry of Education basta ser certificado pelo TESOL - Teachers of English to Speakers of Other Languages, Inc. (TESOL). Algumas (poucas) escolas não pedem para o profissional ser certificado mas a grande maioria exige a certificação. Os cursos do TESOL são oferecidos em muitas das escolas de idiomas e nos colleges como o conhecido George Brown, que é um pouco mais caro mas muito reconhecido.
Os professores certificados ganham em média de $ 15.00 a 25.00/hora, dependendo da experiência e tempo de casa mas podem ganhar muito mais como professores na China, Coréia e Japão onde recebem em média $ 50.00/hora. Muitos dos professores que conheço já moraram na China ou Japão. Algumas escolas também pagam um bônus de tempos em tempos, mas aí cada empresa tem seu critério.
Ser certificado pelo TESOL garante reconhecimento em vários países, incluindo o Brasil. Caso você resolva voltar a morar no Brasil você terá uma profissão, que ao meu ver, terá demanda por muitos anos ainda e o certificado irá distingui-lo dos paraquedistas, que depois de passear pela Disney voltam ao Brasil auto-intitulados "professores de inglês".

*Rafael Tabosa: sou suspeita para indicar escolas de inglês no Canadá já que vou indicar a escola que sempre tive parceria comercial: Stewart College (Victoria - BC). Veja o link aí ao lado.
Caso você queira saber mais sobre as escolas eu sugiro este site aqui.
Lógico que receberei 4 alunos para o preparatório do IELTS ano que vem. Existe a possibilidade de eu fazer um preparatório para o IELTS em Campinas no início do ano de 2008. Se alguém estiver interessado é só escrever.

Do you speak English?

Quando eu e meu marido decidimos imigrar, nos sabíamos que uma das maiores barreiras para o imigrante ser bem sucedido é o idioma. No Canadá deve-se pensar em idiomas. Inglês e Francês dependendo da região em que você quer morar e dependendo também do trabalho que você quer exercer.
Vou fazer apenas um parênteses aqui, para um pequeno resumo da minha vida profissional: Sou formada em direito mas decidi seguir a carreira da educação. Morei em San Diego (CA - USA) e Victoria (BC - Canadá) para aperfeiçoar meu inglês e conhecimentos pedagógicos. Fui professora de inglês e depois coordenadora de escolas de inglês em Campinas, São Paulo e Jundiaí. E no último ano no Brasil, coordenava um importante grupo de escolas de idiomas no Brasil com unidades nas grades capitais como Curitiba, São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília entre outras cidades. Tive minha própria agência de turismo e intercâmbio e era representante exclusiva de um college aqui do Canadá. Trabalhei também como produtora de TV e representante do jornal Valor Econômico para publicidade para o interior de São Paulo. Finalmente, trabalhei com moda e estudei design de interiores e design de moda. No fim das contas, consegui ligar todas as habilidades mas não nego que sou uma excelente professora e coordenadora de cursos de inglês com um tino comercial muito apurado (que eu credito ao meu lado árabe...rs...).

Como sou professora de inglês, e cada vez mais venho me aperfeiçoando na área, vim para o Canadá para continuar o meu projeto no ensino de idiomas. Venho formando muitas turmas para o preparatório do TOEFL (teste de proficiência americano) e IELTS (teste de proficiência britânico) e aplicando o TOEIC (teste voltado para busisness). Hoje, morando em Toronto, vejo que poucos falam inglês! Sofro para entender o que a maioria das pessoas que trabalham com telemarketing ou nas grandes lojas querem vender. O inglês é sofrível e o sotaque de muitos imigrantes é de deixar qualquer Canadense achando que mudou de país e não foi informado! No meu entendimento, a economia de Toronto é sustentada pela indústria da imigração. Quando vejo um imigrante trabalhando na Best Buy e querendo vender um computador sem ao menos saber pronunciar o valor corretamente, eu fico me questionando! O que vai acontecer com o inglês? E os imigrantes, muitos deles brasileiros, que moram aqui há mais de 5 anos e ainda sofrem para se comunicar em relação as coisas básicas do dia-a-dia? Por que vivendo em um país que fala inglês, muitos imigrantes ainda não conseguem se comunicar eficientemente? A minha conclusão é de que muitos imigrantes (e muitos ilegais) chegam aqui e acabam tendo que ir para o mercado de trabalho, mesmo sem falar inglês, o que acaba comprometendo os estudos. Finalmente eles conseguem ganhar dinheiro mas a vontade de voltar a estudar já não é tão grande assim.
Não são as agências de intercâmbio que vendem seus programas dizendo que 'você vai aprender inglês por estar imerso?' Se fosse assim, todos os imigrantes com mais de 2 anos no Canadá seriam fluentes. Nós aqui sabemos que não é bem assim que funciona o aprendizado de um novo idioma.
Como santo de casa, raramente faz milagres, meu marido chegou aqui sabendo o que é o tal verbo "tobe" e mais nada. No Brasil ele nunca teve a chance de estudar inglês. Sempre trabalhando em excesso e sem a necessidade do idioma, ele passou anos postergando o primeiro contato com os livros de inglês.
Mas eu entendo o maridão. Sei como nossas vidas estavam corridas lá no Brasil e sei bem que a nossa decisão de imigrar foi rápida para alguém sair do básico para o avançado. Mas o que encontramos aqui não esta no gibi!
O marido foi para o LINC, que é o programa de inglês do governo para NEWCOMERS e tem também a ajuda da professora-esposa para desenvolver seus conhecimentos de inglês. A primeira escola ficava perto do EATON CENTRE e as colegas eram, em sua grande maioria, chinesas. Um dia o marido perguntou:
-Where are you from?
-China, and you?
-Brazil is my country (só para mudar o vocabulário)
-No no Runaudo...is countrilii.
-Hein?! Sorry...WHAT?
-Runauldo...it's no countri...it's countriliiii...
Foi quando o marido chegou a conclusão que linguiça tava comendo cachorro e que a colega chinesa que mal sabia pronunciar Three (3) queria ensinar a pronúncia do inglês enquanto a professora estava ensinando o vocabulário de todas as frutas e verduras para as alunas, senhoras chinesas em torno de 50 anos...e ele...o único homem, pois o outro colega era travesti e ia para a escola travestido e com mais make up que a Elke Maravilha.
O segundo professor que ele teve, em outra escola, é imigrante de língua espanhola, que está no Canadá há muitos anos e quase não tem sotaque, o que e ótimo para os alunos, mas tinha a mania de gritar e dar reguadas na mesa quando os alunos cometiam erros. Os colegas de sala eram em sua maioria de língua espanhola o que fazia a mesa de estudos do marido se transformar no México (nessa escola, os alunos sentam juntos em mesas para 4 ou 5 alunos). O amor da minha vida, chegava em casa PHD em espanhol.
A terceira professora é de origem chinesa e ainda tem um sotaque de doer meus tímpanos. A sorte do brasileiro é que o sotaque dele é neutro, mais fácil de ser entendido. Temos algumas dificuldades mas nada parecido com as dos chineses. A professora era mal humorada, e chamava o Ronaldo de Rulando. Aqui em casa o apelido do marido agora é "rulando lero" em homenagem ao Rolando Lero da escolinha do professor Raimundo.
Agora, o amor da minha vida, está em uma excelente escola. Novinha, com laboratório multi-mídia e professora Canadense. Não e fácil conviver com tantas diferenças em sala de aula, como por exemplo: entender o sotaque do chinês, tolerar o péssimo humor da aluna russa, que muitas vezes se recusa a interagir com os colegas, a tendência dos latinos em ficar falando espanhol entre eles sem nem se preocupar com os outros colegas que não falam espanhol mas, pelo menos a teacher é canadense e sabe pronunciar o nome do marido, corrigir os alunos sem reguadas e manter um ritmo de estudos bacana.
Lógico que ter uma professora particular em casa ajuda, mas sem dúvida, se o marido soubesse que passaria por tantas dificuldades para aprender inglês, ele já teria se matriculado na escola da professora Raimundinha, a esposa dele, que está desenvolvendo um novo método, que já provou ser eficiente.

Are you sure you want to come to Canada and do not learn English before you get here?
Are you sure people in Toronto really speak English?

Os desafios da imigração.

Imigrar nos traz muitos desafios. Muitos foram previstos durante o processo de imigração mas outros chegaram apenas depois de já estarmos aqui. Quanto mais preparado o imigrante possa estar mais fácil será para superar os obstáculos iniciais mas, mesmo extremamente preparado, você não sabe quais serão seus verdadeiros obstáculos. No Brasil ou no Canadá, a vida ainda é uma caixinha de surpresas! Ainda bem!
Preparar-se é muito importante mas você tem que saber para que você está se preparando, certo? Aí vai o que nós encontramos como desafios!

(Brasil - Canadá)
  1. Morar um uma casa espaçosa, sem se preocupar em pagar aluguel contra morar em um apartamento pequeno e alugado, apesar de muito bem localizado mas, pagando bem caro.
  2. Poder receber a família e os amigos e estar perto deles. Poder dar uma paradinha na casa da vovó (ou de alguém que vc goste) entre o horário de trabalho e o supermercado apenas para dar e ganhar um beijo afetuoso contra não ter a família perto de você e nem mesmo os amigos fiéis que te conhecem como ninguém.
  3. Sentir-se confortável argumentando sobre qualquer assunto na sua língua mãe contra sentir-se um peixe fora d'agua em muitas situações, inclusive cotidianas, mesmo que você se considere fluente em Inglês ou Francês.
  4. Ter crédito na praça, conhecer seu gerente do banco e poder usar seu(s) cartão(s) de crédito com limite alto a ponto de você nunca ousar utilizar a metade dele contra não ter crédito algum, não conhecer ninguém no banco e não ter cartão de crédito a menos que você deposite o valor do seu limite como garantia do pagamento.
  5. Ter dificuldades em alugar um pequeno imóvel mesmo com dinheiro no banco pois você ainda não tem trabalho no país e não tem história de crédito e não tem um fiador, fazendo com que você receba propostas indecorosas como pagar 1 ano do aluguel adiantado contra procurar um apartamento que você queria muito morar e descobrir que o proprietário é vizinho do seu avó, que tem um excelente crédito na praça, e poder mudar no mesmo dia para assinar o contrato apenas uma semana depois. Fazendo tudo na base da confiança.
  6. Ter sua melhor amiga (quase irmã) como sua dentista e não se preocupar com o resultado de qualquer procedimento ou tratamento contra não ter a menor idéia do que esse cara aí de branco tá falando que eu tenho e o valor é..ah?!?!?!?! tudo isso?!?!?!?!?!? Vale pagar a passagem de volta e tratar com a amiga-irmã!
  7. Ter um emprego onde em 6 meses você foi reconhecida pela sua competência, apesar de que, o salário sempre deixava a desejar, contra ser tratada como uma pessoa que não tem a menor idéia do que está falando ou fazendo.
  8. Ter um bom carro com ar-condicionado e poder, mesmo que pagando caro pelos pedágios, e mais caro ainda para concertar o carro depois da viagem, dependendo da estrada, para poder viajar nos finais de semana contra não ter carro algum. (apesar de que o transporte público é mais do que excelente e tem Canadense que reclama muito da ineficiência do TTC)
  9. Para as mulheres: fazer depilação com aquela profissional maravilhosa e ficar linda em 30 minutos pagando apenas R$ 20.00 contra fazer você mesma sua depilação ou pagar C$ 50.00. Mesmo caso para a manicure e para a empregada que sempre tinha o cuidado de deixar uma jantinha para você esquentar ao voltar do trabalho. Fazer suas unhas mas nunca achar um lugar para amolar o alicate contra amolar o alicate em qualquer chaveiro descente.
  10. Não poder unir as coisas maravilhosas que existem no Brasil com as maravilhas do Canadá e aí sim, viver no paraíso!
  11. Ver suas economias indo emborar até você conseguir seu primeiro emprego Canadense.

(as vantagens)

  1. Ter medo de sair a noite, seja de carro ou a pé (vixi, nem pensar) contra andar pelas ruas sem qualquer preocupação carregando sua máquina fotográfica no pescoço, seu notebook na mochila e todos os seus cartões de crédito na bolsa.
  2. Conviver com os flanelinhas em todas as esquinas ou mesmo os "seguranças particulares" que te ameaçam caso você não pague a mensalidade contra não ver um flanelhinha nas ruas e os poucos mendigos que tem não abordam você mas pedem dinheiro através de uma cartaz!
  3. Ter que pagar escola particular, segurança particular, seguro saúde particular contra ter tudo isso de graça para todos.
  4. Conviver com uma sociedade injusta onde poucos são extremamente ricos e muitos são extremamente pobres e saber que a "justiça" acontece na grande maioria para os que tem dinheiro para pagá-la. Que denunciar à polícia não adianta na grande maioria dos casos e que a lei do silêncio impera nas favelas e bairros mais pobres contra ver que todos são respeitados pelas autoridades independentemente da conta bancária.
  5. Fazer novos amigos e conhecer pessoas inteligentes e com muita garra pois esta é a característica principal do imigrante.
  6. Conseguir voltar a poupar após conseguir o primeiro emprego Canadense.
  7. Vencer um grande e totalmente novo desafio!

Enfim, imigrar não é nada fácil, principalmente para o Canadá, onde você terá que se adaptar a um monte de culturas diferentes, onde a piada para um é uma ofensa para outro. Terá sua estima abalada enquanto prova a sua capaciadade profissional. Descobrirá que por mais fluente que você seja no inglês ainda falta muito para você se sentir integrado. Fácil não é, mas nossos olhos e mentes estão focados no médio e longo prazo, que acreditamos, é muito mais fácil do que continuar a viver no Brasil.

PS: Não poder lavar o banheiro e a cozinha por não ter ralo e acabar tendo que fazer uma faxina "a seco": é triste!

Happy Anniversary!

O início da vida de um bebê tem as datas marcadas quase que diariamente: 1 dia de vida, 1 semana de vida, completar um mês de vida é um marco e os albúns para as mamães que querem guardar cada minuto do início da vida de seus lindos bebês trazem páginas coloridas para colar o primeiro cacho de cabelos, anotar o dia do primeiro sorriso, primeiras palavras, assinaturas das primeiras visitas e assim vai...depois as mães esquecem isso! Minha mãe não anotou no meu albúm quando eu peguei o avião pela primeira vez para morar sozinha nos EUA em 1998, já com meus 20 e alguns anos. Ela também não anotou no meu albúm a primeira vez que me decepcionei com o trabalho, com a faculdade, com o namorado e nem a primeira briga com meu irmão está anotada lá! Acho que as mamães fazem esses registros diários apenas no primeiro ano de vida...depois...ah...depois você já sabe andar, já fala umas palavrinhas, já come papinha...e um outro bebê nasceu na família e você não é mais a novidade. Aí...o seu álbum será apenas uma recordação para quando você crescer.

Acho que na vida do imigrante os primeiros meses, e principalmente, o primeiro ano são anotados diariamente. Todos os dias temos uma nova impressão, uma outra idéia do que antes era certo para nós. Uma nova experiência acontece e uma nova informação é assimilada e mais uma palavra adquirida para o seu vocabulário de Inglês ou Francês. Contamos os dias e comemoramos cada mês!

Hoje completamos 6 meses aqui em Toronto. Não digo Canadá pois acho que Toronto não reflete o Canadá ou, é a verdadeira cara do país. Ainda sou muito recém nascida aqui para saber.

Eu e o marido lembramos bem o dia em que tomamos a decisão de imigrar. Em 2005 estávamos exaustos da situação que acontecia no país. Eu acompanhava as CPIs do momento e hoje, 2 anos depois, li que José Dirceu sairá impune, assim como outros ladrões e corruptos. Também precisávamos de mais desafios em nossas vidas (apesar de que, viver no Brasil, em nossa opinião, é um desafio de sobrevivência diário) que nos trouxesse alegria de fazer as coisas e planejar um futuro melhor. Nós sabíamos, e sabemos, que o Canadá não é o paraíso e nem o Brasil o inferno, mas as perspectivas aqui parecem muito melhores.

Nascemos aqui num dia frio, nevando e cinza, mas lindo! Um dia lindo. Seis meses atrás passamos pela imigração com nossos documentos e ouvimos o primeiro e tão desejado WELCOME to CANADA! Fomos para o Hotel admirando a paisagem, linda, o lago Ontário, tudo branquinho, como nas fotos, como nos filmes. Como eu sou ligada as energias, tenho muita fé em Deus e acredito que tenho um anjo especial que olha por mim, tirei a conclusão de ter sido um presente divino ser um Libanês o taxista (país da minha avó-materna-imigrante, que adoro) e ter o San Charbel no console do carro. Bons presságios! Check-in e malas no quarto é hora de conhecer a NOSSA cidade! Apesar do encantamento, nós não achamos Toronto tão bonita assim até conhecer Downtown, Eglinton & Yong, North York, High Park! Nós estávamos em Chinatown, e desculpe-me se ofendo alguém, mas não é a parte mais bonita da cidade. Se a primeira impressão ficasse mesmo, nós já teríamos mudado daqui...mas...Chinatown não é Toronto e como toda criança que está da fase de engatinhar e tentar ficar em pé e dar os primeiros passos, você não desiste da primeira vez que estatela o bumbum no chão, certo?!

Os primeiros dois dias em busca de um apartamento para alugar foram suficientes para revermos nossos conceitos. Apesar de muitas pesquisas, descobrimos que de fato Toronto é muito cara e alugar um apartamento em uma região bacana e próxima de uma estação de metrô não sai por menos de $1.200,00 por mês. O limão custa $1.00 a unidade, ou 1 por 5 unidades, dependendo de onde você for comprar, portanto vale a velha estratégia de pesquisar antes de comprar.

Apartamento encontrado, chega a hora de comprarmos os primeiros móveis e lá fomos nós, assim como a maioria dos recém-chegados até a IKEA, comprar móveis com design lindo e preços acessíveis e para ser acessível você leva até sua casa e monta com as ferramentas inclusas no pacote. Muito prático. Muito bacana para quem gosta, como eu, de DIY (do it yourself - faça você mesmo).
Apartamento montado, é hora de ir atrás da escola de inglês para o marido que não teve a oportunidade de estudar inglês no Brasil por pura falta de tempo. Correr também atrás de atualizar e adaptar meu curriculum para os padrões Canadenses o que me fez parar no N.O.W por 3 semanas, e garanto, foi extremamente útil. Mas enquanto corremos atrás dessa primeira fase de adaptação o dinheiro apenas sai da conta e o estress de ver suas economias fazendo apenas o sentido da saída e nunca da entrada na conta bancária começa a dar sinal de vida. Correr atrás do primeiro emprego não significa apenas voltar a engordar a conta bancária mas também a primeira e famosa experiência Canadense. Isso aconteceu para nós 2 meses e meio do nosso nascimento. Esta fase varia de imigrante para imigrante e gira em torno de: já vir empregado e 6 meses. Eu segui as orientações que tive durante o N.O.W e fui atrás mesmo. Primeiro emprego garantido, hora para entrar e hora para sair, período integral e bom salário, que garante uma vida boa (ainda não como desejamos, mas boa) para nós dois. Podemos sair nos finais de semana e economizamos em 3 meses o que levaríamos uns 6 no Brasil. Sabemos que assim que o marido também começar a trabalhar a situação financeira será ainda melhor e a situação emocional também, até porque, trabalhar é uma forma de se sentir integrado a sociedade.

Enfim, de uma forma geral, nesses 6 meses, garanto que os bebês estão evoluindo bem e dentro do esperado. No próximo post conto os prós e contras que enfrentamos até agora.

Trabalho voluntário.

O serviço voluntário é a atividade não-remunerada, que não gera vínculo empregatício nem obrigação de natureza trabalhista, previdenciária ou afim. Trabalho feito por livre e espontânea vontade.
Aqui, no Canadá, o trabalho voluntário é uma prática muito comum. O Brasil vem crescendo em relação ao trabalho voluntário e empresas do terceiro setor e OGNs (Organização não governamental sem fins lucrativos) e cada vez mais, ajudando comunidades necessitadas e a sociedade de forma geral. Muitas empresas privadas estão dando peso ao Curriculum dos candidatos que são voluntários em suas horas livres e estes acabam tendo mais chances de serem contratados. O programa "O Aprendiz" (TV Record com Roberto Justus)desenvolveu provas que incluiam o trabalho voluntário e a implementação de projetos viáveis em comunidades carentes.
Para os novos imigrantes, o trabalho voluntário pode ser a primeira quebra da barreira imposta pela falta da "Canadian experience".
O marido foi o primeiro do casal a ser voluntário aqui no Canadá. Ele soube, através de um amigo do curso de inglês, que a FIFA estava selecionando voluntários para os jogos do campeonato mundial SUB-20 ou UNDER-20 que iriam acontecer aqui em Toronto e fez a inscrição para ser voluntário via internet. Dias depois entraram em contato com ele por e-mail pedindo que ele confirmasse os dias e horários que ele poderia "trabalhar". Logo em seguida, ele foi avisado da festa dos voluntários e do dia para ir buscar a roupa oficial da FIFA. Ficamos impressionados com a organização de tudo.

No dia marcado o maridão foi até o local indicado para pegar 1 camisa, 1 camiseta, 1 tennis Adidas, 1 boné, crachá com permissão para entrar inclusive na área reservada à imprensa e um livrinho com orientação para o voluntário!
Logo no primeiro dia ele encontrou a coordenadora de todo o projeto e disse:
-Eu mandei um e-mail pra vc!
-O mundo mandou e-mail pra mim...rs..rs..rs
-(tirando cópia de todos os e-mails) Eu mandei esses aqui....
-Ah, lembro de você. Você trabalhou com marketing esportivo no Brasil, certo? Vem comigo. Você está com fome?
Ela o levou para jantar na sala reservada aos voluntários. Regra a comida foi muito boa. Incluindo peixes e as bebidas como refrigerantes e água, tudo de graça. Após a janta ela o levou para a recepção do credenciamento e disse ao maridão que ele trabalharia lá. Ele ficou responsável por receber e orientar todos que estavam envolvidos com os jogos inclusive a imprensa internacional. Foi uma experiência e tanto. Para ele, um momento muito bacana foi quando ele disse que não falava muito bem inglês e a coordenadora dos voluntários, com um enorme sorriso, disse: "Seja muito bem vindo. Se você tiver qualquer problema de comunicação, recorra ao seu parceiro. Vocês aqui trabalham em dupla. Fique tranquilo e divirta-se bastante!" Foi isso que o maridão fez!
Eu sou a próxima a ser voluntária. Vou trabalhar no Festival Internacional de Cinema de Toronto (TIFF). Sou voluntária como intérprete e também no Roy Thomson Hall. Teremos um treinamento na semana que vem e o trabalho será na segunda semana de setembro.
Veja aí as fotos tiradas pelo maridão durante os jogos U-20.










Depoimento - Casal de imigrantes que tiveram sua primeira filha no Canadá.

Muito interessante o depoimento. Achei que confirmou a minha teoria de que não temos saudades do Brasil e que não é o Brasil que pode pesar na decisão de voltar para lá, mas sim a família e a saudade daqueles que amamos!

Enjoy!

Globo Internacional

Canadá - a Nova América

Quero dividir com vocês o especial sobre o Canadá que foi veiculado semana passada pela TV Record, no Brasil. Assistir ao documentário fez com que minha família e amigos entendessem um pouco mais a nossa decisão de mudar do Brasil.

Enjoy!

Canadá - a Nova América - Parte I
Canadá - a Nova América - Parte II
Canadá - a Nova América - Parte III
Canadá - a Nova América - Parte IV
Canadá - a Nova América - Parte V
Canadá - a Nova América - Parte VI

Não dá para ignorar o tamanho da propaganda, patrocinada, da escola de inglês ILAC, que fica aqui em Toronto. Eu, que trabalho na área (Coordenação Pedagógica de escolas de idiomas) há 7 anos e já tive uma agência de intercâmbio no Brasil, não me espanto com a popularidade do Canadá entre os brasileiros. Desde 11 de setembro de 2001, o Canadá e a Austrália vem sendo os destinos dos brasileiros que querem fazer intercâmbio. Preço acessível, 10 horas de vôo, 1 a 2 horas (depende da cidade e horário de verão) de diferença de fuso-horário com o Brasil e segurança são os principais atrativos Canadenses.
Fernando Meireles, que está dirigindo a adaptação do livro Ensaio sobre a Cegueira, de José Saramago, para o cinema, aqui em Toronto, estava no vôo que nos trouxe a Toronto pela primeira vez. Começamos bem, hein?!

Ed Mirvish birthday party.

Contei no post anterior que Ed Mirvish morreu duas semanas antes do seu aniversário de 93 anos e como de costume a festa de aniversário acontecerá amanhã, domingo, 22 de julho em frente a loja Honest Ed's.

Ed Mirvish Birthday Party
Sunday, July 22, 10:00 a.m to 9:00 p.m - Honest Ed's
Bloor Street at Bathurst Street - Access from Bathurst subway station, Markham Street exit.
www.mirvish.com

Como nova fã de Ed Mirvish, eu vou conferir!

Honest Ed's.



Antes de iniciar este post, quero muito agradecer a todos que visitam o Blog, todos os outros blogueiros que me inspiram e todos os comentários e e-mails que recebo. Quero dizer que o Blog é apenas uma maneira de compartilhar com vocês experiências de vida, não apenas no Canadá, mas de nossas vidas e trocar informações e debater opiniões. O blog é minha maneira de manter contato com amigos tão especiais, amigos reais ou ainda virtuais. Obrigada de coração!

Depois de tanta filosofia e de assuntos sérios nos últimos dois posts vou para uma área mais light: a interessante vida de Ed Mirvish, Honest Ed's.


Para os apaixonados por barganhas ou Dollarama a Honest Ed's é uma meca. (aqui não posso negar a influência do sangue árabe que corre em minhas veias!). Meu marido, cidadão extremamente antenado me ligou um dia desses perguntando se eu já havia saido do trabalho e se eu poderia pegar o metrô e encontrá-lo na estação Bathurst. Ele não quis me contar o que era mas disse que eu gostaria de ver aquilo! Morri de curiosidade e o metrô parecia demorar horas para chegar. Meu marido nunca errou em suas surpresas!

Chegando na estação atravessei a rua e o encontrei na esquina. Logo ele me perguntou, mostrando uma vitrine com detergentes (lembre-se que o maridão é publicitário): "Você já viu isso?" e depois me levou para dar a volta no quarteirão e disse: "O que você acha que esse prédio é?" Eu respondi com total certeza: Um bingo! (e pensei: mas eu não gosto de bingos...porque ele me chamou aqui?). O que você pensaria ao ver um prédio que ocupa uma quadra inteira e tem na fachada 23.000 lâmpadas? Ah, um antigo teatro! Quase!

Honest Ed's é uma mega loja que fica na Bloor e Bathurst, ocupa 1 quadra, tem 23.000 mini-lâmpadas na fachada, foi fundada ha 55 anos atrás por Ed Mirvish e é a alegria das pessoas com pouco dinheiro, o que inclui muitos dos newcomers. Lá você vai encontrar de tudo um pouco. Camisetas, barbearia, panelas, um relógio cuco de 2 metros de altura, chocolates e queijos, pratos, barracas para acampar, busto tamanho original do Elvis Presley. A loja é decorada com as fotos de pessoas famosas amigas de Ed, uma delas, a Princesa Diana. Deu para captar o espírito da coisa. Ao entrar na loja você perceberá que o atendimento é dos piores, que as coisas nunca estão arrumadas mas que os preços...hum...os preços...

O próprio Ed anunciava, nossa loja é um galpão, nosso atendimento ruim mas os preços...rs..rs..

O que mais me impressionou foi quando meu marido disse que Ed Mirvish ainda estava vivo e que deveria ter uns 90 anos. No mesmo dia (11 de julho, 2007)soubemos que ele havia acabado de morrer no Hospital St. Michael's faltando apenas menos de 2 semanas para o seu aniversário de 93 anos.

Vale conhecer sua biografia, uma grande inspiração! Aos 15 anos seu pai morreu de câncer e ele assumiu a pequena loja para poder sustentar sua família. Para isso largou a escola e começou a vida empresarial. Aos 25 anos ele se casou com Anne Maklin e juntos abriram uma loja de roupas femininas chamada Sport Bar na esquina da Bathurst e Bloor. Após pagar o primeiro aluguel sobrou para investir na loja apenas $ 322. Ele então comprou mercadoria de lojas que estavam fechando e fim de coleção. Com o aumento no volume de vendas ele começou a comprar os imóveis vizinhos e aí começou a Honest Ed's. Mirvish foi um grande publicitário, ele mesmo era sua maior propaganda, muito mais do que anunciar no Toronto Star ou Globe and Mail. Após escolher o nome (Ed honesto) porque era brega e brega vende ele tirou uma foto de um conhecido bêbado da região, conhecido por Dirty Dick (Dick MacDougal) e fez um cartaz gigante dizendo: Honest Ed welcomes you!

No Natal de 1957 ele foi as ruas e aos abrigos e convidou os mais pobres e sem-teto a receber $325 para comprar na loja. Seis meses depois ele montou um pequeno zoológico no porão da loja e atraiu uma multidão que aproveitava a visita ao pequeno zoo para comprar outros itens na loja. Ao fim de 3 dias ele fez um leilão dos animais , inclusive de um leão marinho que acabou fugindo e foi encontrado a 100 quilometros de Toronto. Em 1963 Ed comprou o teatro Royal Alexander mesmo sem ter qualquer conhecimento na área de entretenimento, cinema ou teatro. Após 7 meses de reformas o teatro foi palco para inúmeras peças famosas e internacionais, (Les Miserables, Phantom of the Opera e Hair) daí as fotos com tantas pessoas famosas que você encontrará em sua loja. Em 1982 ele comprou o London's Old Vic theatre por 1 milhão de dólares e colcou mais 4 milhões em sua reforma. O teatro foi reinaugurado pela rainha mãe e incluiu um jantar com o príncipe Charles. Quando Ed já estava com quase 80 anos, ele decidiu construir um novo e gigante teatro ao lado do Royal Alexander para receber a peça do diretor Cameron Mackintosh, Miss Saigon, que exigia um palco maior. Princess of Wales Theatre foi inaugurado em 1993 e custou 50 milhões de dólares e a peça Miss Saigon foi a mais cara da história exigindo um investimento de 12 milhões de dólares. Os números faziam sentido. Apenas na pré venda da primeira apresentação foi arrecadado 30 milhões de dólares na bilheteria. Desde então o teatro já recebeu peças famosas como A Bela e a Fera, O Rei Leão, Chicago e outras.

Ainda assim, com todo este empreendimento e movimentação financeira ele continuava visitando sua loja e sempre descia para conversar com seus funcionários (que por sinal o adoram). Com grande senso de humor ele, com idade avançada, brincava dizendo: "Com a minha idade eu nem compro mais bananas verdes!"

Ed Mirvish escreveu 2 livros: How to Build an Empire on an Orange Crate (1993) e There's no Business Like Show Business (1997).

Ed não era fã de exercícios formais mas manteve o peso ao longo da vida e se formou na faculdade de dança.

Com o tempo ele passou mais responsabilidades ao seu filho David que se tornou o diretor da Mirvish Productions.

Todos os anos mais de 60.000 pessoas apreciavam a comida gratuita distribuida no aniversário de Ed.

Entre aparições em cima de um elefantes e propagandas das menos convencionais, Ed Mirvish é, na minha opinião, um daqueles grandes homens que provou que basta ter um sonho para realizá-lo. Sua condição de quase probreza na infância não o fez desanimar e nem a morte de seu pai quando ele teve que parar os estudos para assumir a responsabilidade de sustentar uma família! Alguns vão dizer que isso não acontece mais! Eu sinceramente acredito que uma história como essa acontece sim: Basta sonhar para realizar!

Obrigada maridão, por me apresentar a mais uma pessoa tão extraordinária, de tantas que você já me apresentou e por mais uma vez provar que você acredita e confia naquilo que estamos fazendo e sonhando!



Ed Mirvish: 24 julho 1914 - 11 julho 2007

You got a job!

Depois do vinho e do brinde para comemorar o primeiro emprego canadense, é que a ficha cai e você percebe o quanto você vai aprender antes de poder mostrar tudo o que é capaz! Por mais experiência que se tenha, mesmo que seja americana, não é "Canadian experience"! Brasileiros, americanos e canadenses não trabalham da mesma forma.
A primeira coisa que percebi é que mesmo tendo sido professora de inglês no Brasil isso não significa que sou fluente. Outro dia, falando com um amigo canadense eu descobri que as gírias que conheço são da Califórnia e não daqui! Viu?! Pode esquecer as gírias e expressões aprendidas na escola de inglês pois o Canadá já tem um inglês próprio, com dicionário Canadense e tudo! Eu não me lembro de nenhuma escola de inglês, no Brasil, que ensina "Inglês Canadense"! Além disso, nós não conhecemos os personagens de quadrinhos, músicas da escolinha, personagens antigos da TV...ou seja...não temos a história! Um colega fez uma brincadeira outro dia e cantou um "jingle" de um comercial antigo, que obviamente eu não sabia e não teve a mínima graça para mim! Da mesma forma, fiz uma brincadeira com ele que depois tive que dizer: "you know...never mind!", pois eu levaria uma hora para explicar qual era a graça!
Em relação a isso eu percebo o seguinte: no primeiro mês eu não consegui relaxar um dia sequer. Estava o tempo todo ligada em tudo o que acontecia a minha volta e demorava o dobro do tempo que meus colegas para responder um simples e-mail mais formal, por exemplo. Fiquei chateada e frustrada em alguns dias mas voltei com mais vontade de provar minha capacidade de aprender, evoluir e principalmente, minha capacidade de adaptação!
Depois percebi que temos uma diferença em relaçao ao tempo! Não ao fuso horário mas sim a forma como administramos o tempo. No Brasil eu trabalhava por 3 funcionários, tinha 2 assistentes quando deveria ter 4, portanto tínhamos que fazer tudo com mais velocidade e sem erros para não perder tempo consertando o que foi feito errado. Aqui, pelo menos na minha empresa, cada funcionário trabalhar por 1 funcionário! Não é bacana?! Tudo é feito em um tempo mais lento, o que não nego, me aborrece ainda, mas por outro lado o estress é bem menor! Ainda não me acostumei com o ritmo mais lento daqui mas acredito que não será difícil! Como recebo semanalmente tenho que passar no RH para preencher um formulário com o número de horas que trabalhei na semana. Não é que quando passei de part-time para full-time e coloquei 40hr a responsável pelo RH veio me perguntar se não estou trabalhando muito!? E ela estava realmente preocupada. Me perguntou se eu estava tendo tempo para fazer minhas coisas pessoais! Fala sério!? Não é o máximo?! Lembro que no Brasil, pela opinião do meu chefe, ninguém tinha mais o que fazer a não ser trabalhar! Lembro o quanto de explicações os funcionários tinham que dar quando precisavam ir ao médico, por exemplo. Tudo por medo de ser demitido.
Já notei também que a grande maioria dos meus colegas não tem medo de demissão. Quase todos tem mais de 10 anos na empresa! Nunca ouviram uma ordem aos gritos ou um puxão de orelha sem respeito. Confesso que neste ponto eu estou muito bem servida! Tenho um chefe
mais velho, muito experiente, inteligente, que fala várias línguas, que veio para o Canadá como imigrante há mais de 30 anos, que não perde o humor e que lida com as adversidades de forma simples, sem dramas e principalmente, sem gritos! Um chefe que respeita os funcionário e que sabe como liderar sua equipe! Muito diferente de muitos chefes que tive no Brasil! Eles mais pareciam com este aqui!

Quantos somos? Onde estamos?


A pedido do Gean (blog meu cantinho), coloco aqui um link para o projeto que está tentando desvendar quantos são os brasileiros que vivem na província de Ontário. Sei que são muitos pois a toda hora eu encontro um brasileiro "perdido" por Toronto.
O Gean também postou no blog dele sobre a falta de união entre os brasileiros e o fato dos brasileiros não darem importância a transmitir a seus descendentes a cultura brasileira ou ensinar o idioma português.
Sou brasileira sim, mas nem com tanto orgulho. Gosto muito de certas coisas da cultura como a música, arte e criatividade, gosto da facilidade que o brasileiro tem em conviver com pessoas, a tolerância em relação as diferentes crenças religiosas, nosso bom astral e senso de humor e também o idioma, que acho rico e lindo. Mas muitas são as coisas que me envergonham em relação ao Brasil e que definitivamente fez com que tomássemos a decisão de mudar de país. Tenho certeza que quando estamos absolutamente felizes em algum lugar (se é que absolutamente feliz existe) nós não mudamos, certo?
Já passei por situações chatas aqui devido a falta de educação de alguns brasileiros. Lembro de estar no metrô e uma turma de brasileiros entrar aos berros, colocando os pés nos bancos, paquerando as mulheres e falando bobagens. O que eles não perceberam (ou não queriam perceber) é que outras pessoas ali provavelmente entendiam português (seria subestimar a inteligencia achar que a grande maioria aqui é no mínimo bilingue?). Tudo bem que já vi mexicano fazendo as mesmas coisas, será que é um problema latino?
Não tenho vergonha de ser brasileira, mas também não tenho aquele orgulho de bater no peito e dizer que sou brasileira. Acho que no fundo sou do mundo e nenhum país será definitivamente o "meu país". Gosto de muitas coisas de cada cultura e não gosto de outras, ponto final. E será que se nossas famílias não estivessem no Brasil nós sentiriamos falta do país ou seriam apenas lembraças daquele lugar lindo que você visitou um dia? Tenho minhas dúvidas se temos mesmo saudade do país, da comida, etc. ou esta saudade é apenas um pretexto para não dizer que a única saudade mesmo é da família e dos amigos? Eu não sinto a menor falta, ou pelo menos, não senti ainda, de lugares, comidas, cheiros, lojas, restaurantes...nada do Brasil. Tenho sim saudade das pessoas que amo e que lá estão. Quando fui entrevistada para o meu trabalho, um dos entrevistadores (que é canadense) disse que ama o Brasil e que lá é sua segunda casa...eu disse que é a minha também (segunda casa).
Meu bisavô foi do Líbano para o Brasil quando ainda era jovem e recém casado, lá formou sua família, meu avô nasceu no Brasil mas estudou na suiça e sempre visistava o Líbano. Foi no Líbano que casou com minha avó que veio com ele para o Brasil aos 17 anos e grávida da primeira filha (minha mãe). Minha avó fala árabe, inglês, português (sem sotaque) e francês. Ela tentou nos ensinar o árabe mas só minha mãe aprendeu. Eu sei vários palavrões, comidas e vocabulário de sobrevivência (quando estive no Líbano até que não passei fome..rs..rs..) só que dos meus tios, ninguém fala árabe, todos já visitaram o Líbano junto com minha avó e todos, inclusive eu, adoraram! Todos recebem parentes quando eles vão ao Brasil visitar. Todos amam a comida árabe. Somos muito bem recebidos por parentes distantes que sequer vimos antes (inclusive uma tia-avó que tenho em Montreal)...mas depois de tantos anos, depois de ter construído uma vida, uma história, uma família, pergunta a ela se ela pensa em voltar para o Líbano, pergunte qual a pátria dela, com que governo ela fica indignada e qual programa de TV ela gosta (garanto que é uma das novelas da Globo).
Acredito que nós (meu marido e eu) ficaremos assim, como minha avó. Acredito que vamos construir nossa vida aqui, fazer nossa história e visitar sempre o Brasil. Tenho certeza que sempre receberemos bem nossos parentes e amigos e que seremos bem recebidos por eles. Tenho certeza que ficaremos indignados com o governo canadense e vamos assistir ao weather channel todos os dias pela manhã. Não ficaremos aborrecidos se nossos descendentes não quiserem falar português ou viver no Brasil assim como não ficaremos se eles quiserem!
Acho a união muito importante, mas será que tem que ser uma união por nacionalidade? Prefiro a união por interesses em comum e não apenas porque sou Brasileira.

A base de um país é sem dúvida a educação!


Uma, de 1 milhão de coisas que gosto daqui, é sem dúvida a biblioteca pública referência. Temos 2 em Toronto, 1 fica em North York e outra no cruzamento da Yonge com Bloor (fotos). Você não pode levar livros desta bibliotaca para casa, prepare-se para abrir a mochila ou bolsa na saída, mas você pode estudar lá, reservar o livro do seu interesse e buscar na bibliotca mais próxima da sua casa. Você pode acessar a internet de graça, tanto levando o seu notebook com acesso wireless ou em um dos inúmeros computadores da própria biblioteca (fotos abaixo). O 5 andar desta biblioteca é um sonho para quem está estudando um novo idioma. O andar todo é dedicado ao estudo dos idiomas e ESL (English as a second language). Tudo isso e mais bibliotecários muito competentes e prontos para atendê-los, de graça, com fácil acesso pelo TCC! Para os apaixonados por livros como eu, vale várias visitas!


St. Lawrence Market

O post anterior rendeu muitos comentários, de amigos reais ou virtuais, muito bacana! Quero muito agradecer a todos vocês! Prometo que logo escrevo sobre a experiência que estou tendo no ambiente de trabalho.

Minha dica hoje é o St. Lawrence Market, que adoramos!
Para aqueles que acham que vão sofrer com a comida daqui, vale a visita. Lá nós encontramos todos os tipos de frutas, verduras e legumes além dos queijos que nós dois amamos!

O St. Lawrence também tem feira de artesanato e lugares para almoçar! O acesso é muito fácil via TTC. Descendo na Union Station você andará apenas 3 quadras east.

As fotos abaixo foram tiradas do site oficial do St. Lawrence Market.




O primeiro emprego a gente nunca esquece!

Depois que terminei o chamado terceiro colegial, fiz o caminho natural da maioria dos meu colegas de classe, vestibular e faculdade. Alguns, como eu, passaram no vestibular logo após o colegial e não fizeram cursinho preparatório para a faculdade e terminaram o curso universitário aos 21 ou 22 anos. Eu me formei com 21 anos. No terceiro ano da faculdade eu comecei meu primeiro estágio em uma empresa alemã. Aprendi com a cultura séria e respeitosa (alguns dizem fria) dos alemães. Eu não tinha quase nenhuma experiência profissional. Já havia vendido água no vestibular ou bijux no colégio para ter uma grana para viajar ou comprar uma roupa...mas trabalhar...isso era outro papo.
Foi a primeira vez que eu experimentei as pressões que sofrem os executivos e o pessoal de vendas. Primeira vez que vi um "puxão de tapete", mentira, fofoca, competição, etc...
Até o colegial você vê todos os seus colegas de sala como amigos mas na faculdade você os vê e é visto como concorrente!
Como estagiário você é o "mané" que não sabe nada, que vai servir café, que vai buscar documentos no centrão de busão onde ninguém quer ir, enfim...mas você sabe que é a chance de ser, um dia, quem sabe, efetivado! No mínimo é o início da sua vida profissional. Vai ser o momento que você provavelmente vai encontrar as pessoas que por várias vezes irá reencontrar durante a sua carreira e, se você continuar na mesma área até a aposentadoria, você será funcionário um dia, chefe em outro, e também terá seus estagiários. Vai indicar um ex-colega de trabalho para uma vaga bacana e será indicado um dia. Aí você já adquiriu experiência e já conhece muita gente e, se por azar, um dia você ficar sem emprego você sempre terá seus contatos para buscar uma nova oportunidade.
Depois de tudo isso feito você resolve...bom, você resolve imigrar...é...imigrar! Mudar para um país onde a sua experiência não é a mesma dos profissionais da sua área em seu país. Onde muitas vezes o que você fazia nem existe ou sua profissão tem outro nome ou é "certificada" fazendo com que você, já com alguns cabelos brancos (mesmo tingindo você sabe que os tem) volte para o estágio anterior e se torne novamente um tipo de estagiário...mas agora...um estagiário mais experiente!
A busca pelo primeiro emprego tanto aqui no Canadá como aí (no Brasil) requer disciplina, vontade, pesquisa, preparo, coragem e contatos.
Apenas procurar os classificados nos jornais já não conta como procura de emprego. Conta como "dei uma olhada nos classificados". A verdade é que você tem que buscar seu emprego. Contar com a ajuda de amigos, familiares e conhecidos nesta busca. Ir atrás, fazer suas oportunidades!
Aqui é a mesma coisa. Apenas, em muitos casos, como o meu, você não conta de imediato com a ajuda de familiares, amigos e seu network de anos de trabalho. Você tem apenas seu résumé, sua capacidade de "vender" suas qualidades e sua apresentação. '' Óbvio que isso dificulta encontrar seu lugar ao sol mas não é impeditivo. Apenas dificulta!
Foi indo atrás e visitando os lugares onde eu gostaria de trabalhar que eu consegui meu primeiro emprego aqui e na minha área! Alguns lugares eu fui recebida de forma seca e super formal. Vi meu résumé ser jogado em uma pilha de papéis sem o menor constrangimento. Ouvi muitos não (mesmo porque NÃO eu já tinha, eu estava atrás do SIM) e um dia, finalmente, ouvi o tão querido sim!
Foi uma empresa que visitei e enquanto explicava o motivo pelo qual eu queria deixar meu résumé o dono, que estava perto, fez sinal à secretária para que ela me encaminhasse à sala dele. Fiz minha primeira entrevista ali mesmo, mas já havia me preparado (fazendo o N.O.W, por exemplo) e pesquisado tudo sobre os lugares onde queria trabalhar. Desta forma eu já sabia desde a fundação da empresa, o que ela oferecia, o mercado que atuava, etc. Na mesma hora fui encaminhada para outro prédio onde fiz outra entrevista e fui convidada a voltar a tarde para uma terceira entrevista. Voltei feliz da vida achando que sairia de lá com uma proposta de emprego mas foi um banho de água fria. "Apenas" fui apresentada para o responsável pelo departamento que tinha interesse em trabalhar. A entrevista foi rápida e eu fiquei decepcionada.
Duas semanas depois (numa sexta-feira) eu recebi uma ligação para uma conversa com outra pessoa na mesma empresa na segunda-feira. Por essas coisas da vida, eu tinha mais duas entrevistas para o mesmo dia. Cancelei as outras entrevistas e fui. Saí de lá com uma proposta de emprego part-time (lembra do estagiário, que topa quase tudo em troca da primeira oportunidade de experiência?) que aceitei na mesma hora. Tinha em mente que: esta era minha primeira oportunidade de entrar no mercado de trabalho Canadense em minha área e era minha chance de ter minha primeira experiência profissional Canadense! Trabalhei dois dias como part-time e recebi a proposta de começar full-time!
Escrevi este post, grande assim, apenas para dividir com os que estão aqui, ainda na procura do primeiro emprego, que as coisas podem demorar um pouco mas acontecem desde que você não pare de procurar e de se preparar para abraçar sua oportunidade e, para os que ainda estão no Brasil, que com planejamento, vontade, dedicação, estudo, você terá sua oportunidade nessa terra chamanda Canadá que nos recebe muito bem! Não permitam que pessoas e idéias pessimistas o tirem do seu foco e objetivo. Eu ouvi muitas coisas, positivas e negativas, e uma delas foi que eu não iria conseguir! Estou aqui para provar que consigo e que todos conseguem desde que busquem realizar seus sonhos com muita vontade!

Passeando por Toronto.


Como meus últimos comentários tem sido sobre como reconhecer diploma, como fazer seu résumé, procurar emprego, adaptar-se ao mercado de trabalho e a cultura Canadense, falar de dinheiro e assuntos do tipo, resolvi neste post ser mais light e falar de um lugar que adoro aqui em Toronto e que ferve durante a primavera e o verão!
A região chamada de Distillery District fica em uma área de Toronto onde nos anos de 1800 ficava a Gooderham and Worts Distillery, a maior destilaria do império Britânico na época. Hoje a destilaria não existe mais e a área virou uma vila onde você vai encontrar galerias de artes, artesanato, restaurantes, teatro, entretenimento e shows.
Ontem foi o Fashion Cares que além de apresentar novidades do mundo da moda também arrecadou fundos para a ACT - AIDS Committee of Toronto e contou com a ajuda de muitos voluntários. Eu mesma queria colaborar mas quando fui me inscrever já era tarde! Quem sabe ano que vem!
As próximas atrações por lá serão os festivais de Blues, Jazz e Bateria (percussão).
Uma das coisas interessantes por lá é que você pode passar pelo atelier e ver o artista trabalhando. Eu fiquei apaixona por um estúdio de jóias. Você vê o designer fazendo sua obra bem ali, na sua frente. Se não estou enganada, em alguns lugares você pode fazer sua encomenda, daquela peça, daquele jeito que você quer!
Lógico que eu não poderia deixar de falar da loja de chocolates SOMA Chocolatemaker que tem por lá! Você pode sentar em uma pequena arena, que fica em frente ao vidro da cozinha e aprender a fazer chocolate. Aulas tem dias e horas específicos. Vale a pena conhecer.
Uma das coisas que adorei foi o banheiro da galeria de arte de pinturas em aço escovado. Parece loucura mas eu adoro banheiros. Quando fiz design de interiores o banheiro já era, como é hoje, uma atração da casa, uma sala de banhos e não um simples banheiro. O banheiro foi um dos projetos que mais gostei de fazer e depois disso não consigo parar de reparar neles!
O banheiro (os banheiros - porque como o marido verificou que não havia ninguém no banheiro masculino eu fui dar uma olhada também!) é simplesmente um luxo (como diria Athayde Patreze). Entre um azulejo e outro você vai ver pequenas peças de aço inox, assim como as cubas. Tudo limpo! O sabão líquido daqueles cheirosos, em um potinho maravilhoso que queremos ter no banheiro de casa todos os dias e as toalhinhas descartáveis em uma caixa ao lado, linda, de inox!
Eu tirei fotos, lógico, mas não as tenho aqui. Como estou pensando em fazer um post só sobre os banheiros que adoro vou postá-las lá...rs..rs..rs...aguardem!
Nada como viver no primeiro mundo e ter como preocupação fazer um ranking dos melhores banheiros públicos da cidade!

Reconhecimento de credenciais no Canadá

Vi no grupo do Yahoo que muita gente está com dúvidas sobre o reconhecimento de diplomas e históricos escolares e por isso criei este link do post feito no blog Conexão Toronto sobre o assunto.
Soube também por eles, que não vale a pena fazer qualquer tipo de autenticação em cartórios no Brasil...pq só vale no Brasil e, quando você chegar aqui, vai ter que gastar tempo e dinheiro novamente para autenticar tudo.

Conexão Toronto: Reconhecimento de credenciais no Canadá

Eu não fiz o reconhecimento do meu diploma da faculdade de direito porque sabia que não iria advogar aqui. Até o momento não me arrependi...rs..rs..

Terminando o N.O.W Program


Hoje foi o último dia, das 3 semanas, do N.O.W Program e posso garantir que vale muito a pena!
O objetivo do programa é facilitar a entrada dos "newcomers" no mercado de trabalho.
O curso aborda assuntos como: adaptar seu résumé ao "Canadian Standard", aprender a escrever uma "Cover Letter" e "Thank You Letter", como elaborar a carta de referência (inclusive trazer a carta de referência do Brasil é uma mão na roda - vou falar mais sobre isso), referências pessoais e profissionais (um deles será sua referência profissional), como agir em uma entrevista (inclusive a sua "MOC Interview" é gravada para você analisar depois, junto com seus colegas), hábitos Canadenses, como manter o emprego, direitos do funcionário, pesquisas de mercado de trabalho e salários, "networking card", "cold calling",etc
Uma infinidade de coisas que nós, imigrantes de todos os países, achamos que sabemos mas, descobrimos que ainda temos muito para aprender!
Confesso que amaria terminar o N.O.W já com uma proposta de emprego e começar a trabalhar na segunda! A fase da ansiedade está aí e não tem como negá-la! Não terminei o curso com uma proposta de emprego mas tenho a certeza que encontrarei uma posição no mercado com muito mais facilidade do que sem todas as informações que obtive no programa!
A estrutura do programa é muito boa. Mesmo imigrantes que já moraram em outros países disseram nunca ter visto um programa assim. Lá você terá acesso a computadores, fax, copiadoras, telefones (para "cold calling"), "handouts" e "Job Developers - JD" (como são chamados os nossos técnicos na busca de emprego) da mais alta qualidade e profundo conhecimento naquilo que fazem! E tudo isso de graça (tá bom...dos impostos que vamos pagar depois que começarmos a trabalhar).
Eu acredito que tive muita sorte com o meu JD pois ele é mais tradicional e bem detalhista e acho que seguindo seus conselhos eu tenho mais chances de acertar! Ele foi, e vai continuar sendo pelos próximos 3 meses ou até eu encontrar um trabalho, um excelente treinador! Daqueles que exige, cobra e ao mesmo tempo aconselha e é paciente. Eu realmente saí do curso contente com o meu novo Résumé e com a minha nova forma de atuar em entrevistas! Como já disse em outro post, eu estava habituada a estar do outro lado da mesa!
Durante o programa nós percebemos que imigrar não é simplesmente mudar de país e aprender o idioma, mas sim entender toda uma cultura com muitas regras "não escritas" que muitos de nós levaria muito tempo e alguns foras para perceber o que está fazendo errado.
Durante o curso você também receberá dicas de como se vestir e se quiser pode ser encaminhado para um serviço chamado "Dress your Best" que basicamente veste você para a entrevista e para a primeira semana de trabalho, tudo isso por apenas $ 25,00. Mas calma! Eu ainda não fui até lá para ver como é mas prometo que vou escrever um post sobre isso assim que eu conhecer melhor o serviço deles.

Talking about money with Canadians.


No N.O.W Program discutimos diversos assuntos sobre o Canadá. Lógico que o foco é trabalho, como arrumar o primeiro emprego, como manter o emprego e o ambiente de trabalho mas, como trabalho está ligado a relações interpessoais, não dá para fugir do debate sobre a cultura Canadense propriamente dita.
Um módulo do programa foi dedicado a interesses gerais sobre o Canadá e sua cultura. Falamos sobre sigilo, privacidade, direitos humanos, proximidade física (nada de beijinhos) e muito bem colocado pela Andréa (Ex amiga virtual e agora amiga real que faz o N.O.W na mesma turma que eu): como o Canadense lida e fala sobre dinheiro.
A resposta do nosso instrutor foi a de que o Canadense trata o assunto dinheiro como algo particular e com certeza não vai sentir-se bem com a pergunta: Quanto você ganha?!

Para falar a verdade eu sempre achei a maior falta de educação alguém fazer esse tipo de pergunta. Muitas vezes eu vi este tipo de situação no Brasil e sempre me perguntava sobre o porquê da pergunta.

Em 99% dos casos infelizes que eu tive que presenciar o motivo da pergunta era apenas para comparar. Se o interlocturor recebesse menos o fulano-chato-competitivo-que-perguntou ficava feliz. Se fosse o contrário ele achava uma forma de depreciar o seu interlocutor!;

1% dos casos era por pura curiosidades e/ou inveja;

0% era para oferecer um salário melhor!

Eu sempre me perguntava qual era o motivo de uma pergunta tão indiscreta mas algumas pessoas achavam normal. Portanto, eu realmente não sei dizer se no Brasil é ou não normal este tipo de pergunta.

Chegamos a conclusão de que aqui no Canadá não é. Este tipo de pergunta é de foro íntimo! Que maravilha...não é a toa que eu me sinto em casa aqui no Canadá! Respeito é tudo aqui!

Mas todos nós queremos ter uma base mínima de quanto é necessário ganhar para viver aqui.

Conclusão: $ 40,000.00 a 45,000.00 (ano) já está ótimo para início e $ 60,000.00 a 65,000.00 (ano) você já pode considerar que recebe um ótimo salário. Nem preciso dizer que maravilhoso mesmo é acima de $ 100,000.00 (ano)

Observamos que tudo depende do seu estilo de vida, necessidades, tamanho da sua família, etc.

Mas para nós, que estamos no N.O.W aprendendo a fazer um résumé Canadian Standard, e ainda não temos Canadian Experience, arrumar o primeiro emprego remunerado já é excelente!

PS: aqui usa-se a vírgula primeiro de depois o ponto. Explico: R$ 100.000,00 (vírgula e os centavos). CN$ 100,000.00 (ponto e depois os centavos).