Wish you a Merry Christmas and a great Boxing Day!

Ano passado (2007) o nosso Natal teve cara de Natal dos filmes de hollywood. Estava frio, a neve já caía, as ruas estavam decoradas, a árvore mais linda que eu já vi estava no Eaton Centre (a árvore de Natal da Swarovski). Teve a parada do Papai Noel e guerra de neve na rua. Teve troca de presentes e um banquete feito pelo nosso querido amigo e chef de cozinha Aguinaldo.
Este ano foi muito diferente, o calor passava dos 30 graus, as árvores de Natal em alguns lugares também são lindas mas não chegam perto de algumas que vi ano passado e a troca de presente teve gosto de crise econômica. Assunto na pauta deste ano, tanto aqui na terra do sol e calor como aí, na terra do frio e neve! Dizem que a crise não chegou aqui e que recessão é uma palavra maldita, mas os economistas são categóricos em dizer que a recessão vai bater forte aqui e que a recuperação pode demorar 18 trimestres...como eu não sou economista eu só posso dizer que as principais ruas de consumo popular de São Paulo estavam lotadas, que de hora em hora os estoques das lojas foram abastecidos pelos caminhões que tanto atrapalham o trânsito da cidade e que não faltou presente embaixo das árvores.
Ano passado também foi o ano de uma nova experiência Natalina para nós: O Boxing Day! O dia Canadense da compra com desconto! A Visa Canada reportou que os canadenses gastaram em torno de $ 2 bilhões no ano passado, uma média de $ 328,00 por comprador. Algumas dicas dadas pela CTV para aproveitar o máximo do Boxing Day são:
  • Compare os flyers das lojas para saber os preços e organizar seu itinerário de compras;
  • Faça uma lista do que você quer comprar e tenha certeza de priorizar;
  • Verifique a política de devolução que está sendo praticada pela loja para o Boxing Day. Muitas coisas não podem ser devolvidas e são consideradas 'final sale';
  • Faça uma análise financeira pós Natal para saber quanto você ainda pode gastar dentro do seu orçamento;
  • Compre em dinheiro! Pessoas que compram com cartão de crédito tem a tendência a gastar 30% mais do que o previsto;
  • Vale a pena? Verifique o preço que você pagaria normalmente. Não compre apenas pelo prazer de comprar;
  • Compre aquele item que você paquerou o ano todo e não pode comprar antes da promoção;
  • Verifique a disponibilidade do produto mesmo antes de sair de casa. Se o preço é bom de mais para ser verdade e o flyer ou website da empresa não menciona a quantidade disponível do item desejado, é bem possível que ninguém vá conseguir comprá-lo simplesmente porque ele nunca esteve disponível!;
  • Se a compra for on-line, pesquise também nos sites americanos. Muitas vezes mesmo com as taxas e tarifas cobradas os preços ainda são inferiores por lá!;
  • Dê uma segunda rodada. Boxing Day pode parecer uma promoção de apenas 1 dia mas a verdade é que muitas lojas continuam com descontos em Janeiro e meio de Fevereiro para limpar o estoque para os itens da primavera;
  • Mesmo em promoção, barganhe! Você só tem a ganhar. Nas lojas grandes de rede é mais difícil a prática da barganha mas nas pequenas lojas isso pode funcionar muito bem!;
  • Vista-se para a ocasião. Horas de compras pedem um sapato confortável. Se for possível, deixe os casacos pesados no carro. Se as crianças forem com você, leve doces ou barras de cereal para enganar a fome. Leve algo para ler para distrair-se enquanto espera na fila do caixa ou do provador. (bem Canadense esse conselho, hein?!)

Para aqueles que não conseguem ficar sem comprar no Boxing day ficam as dicas, para os que , como eu, preferem um bom filme e a compania daqueles que ama, um Feliz Natal!

PS: Particularmente, eu e meu marido achamos o Boxing Day um teste de paciência. Fomos conhecer apenas por ser uma novidade. O preços não eram melhores dos que encontramos ao longo do ano. O que mais estressa nesse dia são as filas, falta de educação, empurra-empurra, etc! Uma boa forma de medir o seu QE!

Brazil X Canada - Money Matters!

São inúmeras as razões que fazem um brasileiro, ou qualquer outro imigrante mudar-se ou não para o Canadá. Sei que uma delas e talvez tão importante quanto a segurança, é o dinheiro. O que me lembra uma expressão que sempre me deixou intrigada: Money talks!

Infelizmente essa é uma grande verdade. Não conheço os quatro cantos do mundo (se é que o mundo tem cantos), mas acredito ser uma verdade universal. Um pouco mais de colorido em um país do que outro, mas quem nega? Money talks!

Após 1 ano e meio morando no Canadá, sem ter que pagar plano de saúde e com um excelente médico de família, que para a nossa sorte, tem seu consultório a 2 quadras do nosso apartamento, foi que levei o grande choque do plano de saúde no Brasil!

Quando visitamos a terrinha por apenas 2 meses decidimos que não faríamos plano de saúde. Nada nos aconteceu, por sorte, e por isso não podemos avaliar o atendimento pago pelo governo do Brasil e o do Canadá.
Desta vez estamos a trabalho e vamos ficar mais tempo e por este motivo decidimos que deveríamos voltar a pagar o plano de saúde por aqui. Mesmo que o mais simples, que cubra uma emergência por exemplo. Sabíamos que barato não seria, mas ainda assim é mais barato do que pagar um atendimento particular. Uma consulta particular em Campinas (SP) não sai por menos de R$ 280,00.

Procuramos o hospital que tem um excelente atendimento e um plano de saúde com preços até que acessíveis. Sou associada a este plano desde 1976. Cancelei apenas por 1 ano e meio, por causa da mudança. A volta foi como um cliente qualquer. Cumprir todas as carências sem choro nem vela!
Tudo bem! Não vou precisar mesmo! Se Deus quiser!

45 dias e R$ 580,00* a menos depois, precisei ser atendida no pronto socorro do hospital. Assim que entrei fui prontamente atendida, demora de 5 minutos e lá estava eu sendo atendida pelo médico. Como o caso era relativamente sério e os remédios não estávam fazendo efeito, fui encaminhada para fazer um exame e logo recebi uma visita de uma responsável pela parte administrativa do hospital. Como ainda tinha que cumprir a carência para exames complexos, eu teria que pagar R$ 150,00 pelo exame. Sinceramente, com a dor que eu estava, eu pagaria o que eles me pedissem! E os hospitais sabem disso, ou não!?

Mas a moça foi muito gentil e disse que como eu sempre fui associada ao hospital ela liberaria o exame e nós poderíamos pagar no dia seguinte. Ótimo! Nada como um bom histórico e um pouco de conhecimento! Afinal, meu avô foi sócio-benemérito do hospital (carteira número 6)! Quase um fundador!

Tudo ótimo se eu não estivesse com dores insuportáveis. Após o exame, chegou-se a conclusão de que eu deveria ser internada para passar por um procedimento cirurgico. O médico plantonista, com a delicadeza de um elefante, deixou bem claro que eu não seria internada se não deixasse um cheque de...adivinha...de...R$ 20.000,00! Isso mesmo! Você não leu errado não! R$ 20.000,00! Maravilha! Para quem não tem opção...faça o cheque e depois corre atrás, certo?!

Assim foi feito e todo o procedimento e internação correram muito bem! 20 minutos depois eu já estava no quarto (que só de hotelaria custou mais de R$ 600,00 por diária - nem hotel de luxo, hein?! Fala sério!) e no dia seguinte, bem cedo, recebi a visita do meu querido médico, que voltou de viagem para me atender e me operar. Ele me deu alta.

Das 8:00 da manhã até às 3:00 da tarde, do dia que recebi alta, o maridão, incansável, gastou todo o seu português e latim com a diretoria do hospital para entender o porquê do pagamento. Eu dei entrada no hospital como emergência e já tinha cobertura para isso! Após muita conversa e argumentação o hospital devolveu o cheque e pagou todas as despesas pelo plano de saúde!

Alívio geral da nação, mas a sensação de que o dinheiro é muito mais importante que a saúde ou a vida de alguém ficou clara e cristalina! Apenas no dia seguinte a minha internação, quando o departamento comercial abriu, foi que meu marido provou que nós tínhamos direito a cobertura pelo plano! E aí?! Se o cheque não fosse dado eu ficaria sem atendimento?! Eu morreria na fila?! Eu seria mandada para casa?!

Para os que estão preocupados com a minha saúde, fiquem tranquilos! Foi apenas um susto! Estou ótima e recuperada! Próxima semana terei um retorno com meu médico, pago pelo plano!

Para os que estão preocupados com o futuro da saúde no Brasil, fiquem mesmo! Somos a cópia perfeita dos EUA! Não tem plano de saúde...que pena...tenha muita fé!

MONEY TALKS HERE!!!

*R$ 580,00 é o valor mensal do plano de saúde para nós dois.

Respostas aos comentários e perguntas do post anterior...

- Paula Regina: Já estou no Brasil a trabalho. O tempo passa tão rápido que não foi possível marcarmos um café antes da nossa viagem. Vamos combinar na nossa volta, ok?! Meu e-mail é: nanymendes@yahoo.com.br
- Anônimo: Conheço uma excelente escola de inglês na ilha de Vancouver, cidade de Victoria. Chama-se Stewart College, mas acredito que você não queira pegar a balsa todos os dias, certo?! :-). Então vou te passar as escolas que conheço por nome e experiências de ex. alunos que viajaram através da minha agência: O GEOS é uma rede coreana que atua em várias cidades do mundo, eu estudei nesta escola quando morei em Victoria. A única questão é que na época 90% dos alunos eram coreanos ou japoneses. A IH (International House) também é grande e muito conhecida. Global Village e PLI.
Procure as escolas, compare os preços, mas verifique sempre se o coordenador pedagógico é professor certificado pelo TESL (ou TESOL) e se os professores também são certificados. Escolas que contratam professores sem treinamento acabam visando apenas a venda do curso e não o seu aprendizado. Lógico que existem ótimos professores que não são certificados, mas muitas vezes eles não tem técnicas para criar uma dinâmica criativa de aprendizado em sala de aula.
- Ana: vou passar seu e-mail para o departamento de homestay. Tendo interesse eles entrarão em contato com você para marcar uma entrevista e uma visita a sua casa, ok?!
- Anônimo 2 (jmaria): infelizmente eu não posso lhe ajudar.
- Alessandro: Obrigada pelo elogio. Continue lendo o blog!
- Eduardo: no começo da nossa empreitada no Canadá eu também fui a única a trabalhar. Não é fácil, mas é possível. Faça um excelente planejamento! Principalmente porque você tem filho! O salário de professor varia muito, começa com CAD$12,00/hr. Eu conheci professores ganhando CAD16,00/hr a 25,00/hr, mas como se sabe, depende da sua experiência, das qualificações e do tempo de trabalho na escola. Algumas escolas demoram muito para conseguir lhe oferecer um full-time, assim como no Brasil, o professor de inglês acaba tendo que trabalhar em mais de uma escola, ou mais de uma unidade da mesma rede para poder ter um salário razoável. Eu trabalhei como coordenadora de escola logo que cheguei, o que modifica o salário. Eu fui contratada como funcionária full-time. Isso dá uma grande tranquilidade. Boa sorte e venha bem preparado, ok!?
PS: e não aceite receber menos do que CAD12,00/hr
- Lúcia: recebi seu e-mail e vou respondê-lo, very soon! Aguarde, ok?!

Dona Ana - imigrante italiana e sua lição de vida!

Show da Maria Farinha...imperdível!


Eis aqui um daqueles exemplos de imigrantes de sucesso, ou melhor, pessoas de sucesso, seja imigrante ou não.
Falei da Maria Farinha (excelente cantora de Jazz e Bossa Nova) anteriormente aqui no Blog, e disse que ela merecia um post especial. Não encontrei oportunidade melhor do que uma semana antes da sua apresentação no Harborfront Centre.
Maria Faria irá se apresentar no dia 16 de agosto às 2:00pm, aqui em Toronto, na 235 Queens Quay West.
Eu sempre vou me sentir conectada à Maria, mesmo morando longe. Maria e sua família sempre serão parte de nossa história de imigração. Nossas histórias cruzaram durante a angustiante etapa da espera dos passaportes e eu ficava doida para receber os e-mails dela com novidades sobre o processo, já que ela havia aplicado um pouco antes de nós. A Maria chegou uma ou duas semanas antes de nós e se instalou ao Norte de Toronto (fica fria Maria, não vou dar o seu endereço, senão sua casa lota de fâs). No início ela não parecia muito animada com o novo país adotado, pois ela já havia tido uma ótima temporada nos EUA, mas o país adotivo está muito entusiasmado com ela e, acredito eu, a recíproca é verdadeira, hein Maria?!
Nosso último encontro foi super bacana. Nós (eu e maridão) fomos convidados por um amigo Canadense para almoçar em um restaurante brasileiro. Ele queria nos apresentar sua esposa, brasileira que acabava de chegar em Toronto e não conhecia ninguém. Aproveitamos para chamar um casal que mora perto e assim formarmos um pequeno grupo. Logo uma outra amiga apareceu, pura coincidência, pensamos. Garçon, mais uma cadeira, por favor! Dez minutos depois, a Maria e família apareceu! Não existem coincidências na vida, pensamos! Garçon, mais 3 cadeiras, please! Foi uma delícia de almoço e acho que o pequeno restaurante nunca havia recebido uma mesa tão animada!
Fica aí a dica! Nós estaremos por lá!
See you on Saturday, Maria!

Projeto: Somos imigrantes!

Depois de muito tempo sem escrever, volto com muitas novidades.
Antes das novidades, porém, quero agradecer a todos vocês que reclamaram da falta de post! Cláudia, muito obrigada pelo comentário. Estou de volta e nem curti o verão tanto assim! Work tem sido meu nome e overtime o sobrenome. Tocando mais de um projeto profissional de uma só vez em áreas distintas eu só consigo pensar em não fazer nada nas poucas e raras horas que tenho para curtir minha casinha e meu maridão. Apesar disso, estou começando um novo projeto: O Blog: Somos Imigrantes
A idéia do Blog surgiu depois de uma entrevista que vi no Jô Soares sobre o Museu da Pessoa, onde qualquer pessoa pode dar seu depoimento, gratuitamente, sobre qualquer história de vida. Isso agora pode parecer bobagem mas no futuro será uma referência. Meu projeto pretende manter viva a memória dos imigrantes.
Não perca a história completa do meu bisavô e da minha avó. Além da sua, de algum parente, de um amigo...
Conto com a sua colaboração. Para participar, mande sua história para: somosimigrantes@gmail.com

Quando tudo vai mal, alguém vê uma oportunidade!


Sou uma pessoa otimista por natureza e acredito que em toda crise existe uma oportunidade, mas não havia pensado que o aquecimento global pudesse ser bom para as importações/exportações, principalmente para países como Canadá e USA.
Apesar do cenário trágico do aquecimento global, o derretimento das geleiras do Ártico está criando novas rotas marítimas no Pólo Norte.

O aquecimento global diminui as barreiras de gelo. Com isso, surgem novos caminhos para a navegação.
A passagem Noroeste sobre o Canadá, que costumava ter apenas 2 meses de rotas navegáveis, hoje se abre ao transporte marítimo por até 5 meses, o que viabiliza o transporte marítimo. Com a nova rota, a distância entre Nova York (EUA) e Yokohama (Japão), cai de 22 mil KM para 18 mil KM e estima-se que o custo do frete pode cair em até 30%.
Lógico que o impacto do aquecimento global é brutal, não apenas para o planeta como também para a econômia, mas como disse no início, tem sempre alguém que encontra uma oportunidade na crise.

PS: Daniel Guidoni: Não moramos em Montreal e infelizmente ficamos muito pouco tempo por lá. Adoramos a cidade e fomos muito bem recebidos em inglês, o tempo todo. Tenho uma tia que mora lá há anos e disse que, apesar de ser fluente em Francês, ela usa apenas o inglês no dia-a-dia, inclusive no trabalho. Diz ela que nem todos falam Francês. Tenho dados interessantes sobre os idiomas que devo publicar logo em um próximo post. Aguarde! Obrigada pela visita ao Blog.

Trazendo remédios para o Canadá - Quick Guide



Sempre que brasileiros deixam o Brasil com destino a países que restringem a venda e o uso de medicamentos sem receita médica, o nosso doutor interior, que todo brasileiro tem (afinal, diz o ditado: de médico e louco todos tem um pouco, ou seria, todo brasileiro tem um pouco?) fica angustiado e a pergunta, como vou levar minha farmacinha (que regra inclui: antiinflamatório, antibiótico, entre outros) para o Canadá, sem ter problemas?

Uma das opções (o que eu não faria): colocar sua farmacinha na mala e rezar que os oficiais da imigração não verifiquem sua bagagem. Já disse aqui no Blog que nunca fui parada na alfandega, nem quando voltei com malas em excesso, mas isso nunca me fez arriscar a trazer ou levar itens proibidos.

Outra opção é trazer o mínimo possível de medicamentos e seguir alguns procedimentos.

No meu caso, eu comprei 2 caixas de anticoncepcional além da cartela que eu já estava usando. Junto com as cartelas eu trouxe a receita médica em português e em inglês. (Explico: meu médico viaja muito e vem bastante para o Canadá e sabia como proceder. Ele anotou a substância genérica, o que facilitaria identificar o que eu estava carregando, e também a finalidade do medicamento - isso deu um pouco de trabalho a ele e não sei se todos os médicos no Brasil estão dispostos a fazer isso). Trouxe 2 cartelas + a que estava usando pois sabia que a carência aqui é de 3 meses mas recomendo as mulheres que usam anticoncepcional a comprar umas duas cartelas a mais. Até você achar um médico, chegar sua carteira do OHIP, achar a marca que tenha os mesmos hormônios, etc...demora!

Trouxemos também antiinflamatório, antibiótico, antialérgico, e um ou outro remédio que tomamos as vezes e que aqui é um drama para conseguir.

Assisti recentemente a uma palestra sobre as regras da alfândega e descobri que é mais fácil ter problemas por causa de um vidro de xarope, que é muito usado por traficantes de drogas (não sei muito bem porque) do que um antiinflamatório. Disse o oficial, que dependendo da quantidade de xarope, é bom você estar com muita tosse mesmo!

Alguns medicamentos não são liberados no Canadá mas são nos EUA ou Brasil. Um deles é a dipirona, que é amplamente usada no Brasil (conhecida por Cibalena). Esta substância não é vendida no Canadá. Por ser proibido aqui, logicamente você não pode trazer.

Traga a receita médica original e uma cópia. Coloque as cópias junto com a sua farmácia e a original com você, com acesso fácil em caso de necessidade de entregar para o oficial.

Via de regra, evite trazer remédios. Muitos vão acabar vencendo e se você realmente precisar, seu médico de família ou walk-in clinic vai resolver seu problema e se for um caso realmente grave, corra para a emergência do hospital mais próximo da sua casa. Trazendo remédios, não viole as caixas dos remédios que você não está tomando e traga a receita médica com você.

Viva a violência!

A violência engorda indústrias de armamentos, blindagem de carros, alarmes para imóveis residenciais e estabelecimentos comerciais, o bolso dos seguranças particulares e dos vigias de ruas, fabricantes de câmeras de segurança, aumenta a venda de seguros de carros e também o preço dos mesmos e como vimos no filme Tropa de Elite, o bolso dos policiais corruptos (quem não assistiu ao filme, eu recomendo, mas não antes de deitar!).

Eu já havia pensado em como a violência é interessante para determinadas indústrias e comércios e já havia debatido a questão com amigos e até chegamos a conclusão, depois de muito divagar e não chegar a lugar algum, que existe uma indústria que financia a violência. Lógico que não poderemos provar nossa teoria da conspiração e também esquecemos o assunto, que foi debatido acompanhado de algumas garrafas de vinho.


Nunca pensei, porém, que a violência pudesse inspirar benefícios oferecidos por empresas no Brasil a seus executivos até o dia que li a seguinte nota (Revista Você S/A - Maio 2008 - edição 119):

- A segurança passou a ser um dos principais benefícios oferecidos para executivos por empresas nacionais e multinacionais que atuam no Brasil. Há 3 anos, 30% delas tinham políticas específicas de segurança. No ano passado, o percentual subiu para 44%. O item de segurança mais usado são os carros blindados. -


Lógicos que os carros blindados oferecidos não são tão poderosos como o da foto acima!


Agora, não posso negar que fiquei ainda mais surpresa quando percebi que a violência está presente também na Casa Cor 2008 em São Paulo. A cadeira blindada ganhou destaque por sua originalidade!


Sinceramente, eu detestaria sentar aí...teria a impressão que morri e não fui avisada!



PS: Para Octavio - Campinas - SP

Pessoal, proximo post esta quase pronto...rs..rs.
Passei apenas para dar um recado ao Octavio (de Campinas - SP): Estou com o contato da professora de ingles. Ela nao e nativa mas e formada em letras pela Pucc e sempre foi muito recomendada por seus alunos como excelente professora. Por favor, mande seu e-mail. Nao fiz a traducao juramentada dos meus documentos no Brasil. Para o nosso caso, nao foi necessario.

PS: to com teclado sem acento...

Vivendo no Canadá - Quick Guide


Muitos leitores do blog, aos quais eu sempre agradeço a visita e os posts, perguntam sobre alguns direitos e deveres das leis canadenses que guiam nosso dia-a-dia, tais como: contrato de aluguel, férias remuneradas, licença maternindade, direito do consumidor, entre outros. Como não sou advogada certificada no Canadá, deixo claro que, aqui estão as leis que conheci até o presente momento e que não estou dando uma consultoria jurídica!

Assunto de hoje: Aluguel

A lei do inquilinato é conhecida como "Residential Tenancies Act" (the Act) e diz que:

Como inquilino, você tem o direito de manter-se como inquilino até que:

  • você dê aviso ao proprietário na forma e com o tempo apropriado. Regra, isso é feito por escrito e com 60 dias de antecedência da sua saída;
  • inquilino e proprietário decidam pelo término do contrato em comum acordo. Muito difícil de acontecer se você está alugando de uma empresa, os conhecidos "apartments", e não direto com o proprietário, unidades conhecidas por "condos";
  • se o proprietário lhe der aviso de término do contrato, desde que pelas razões previstas no "the Act". Se o proprietário lhe der o aviso de saída, você não tem necessidade de sair até que ele tenha uma ordem judicial e você tem o direito a uma audiência para explicar porque o contrato deve continuar.

Como inquilino, você tem a obrigação de:

  • pagar o aluguel em dia;
  • manter o apartamento limpo (diz a lei que: limpo, conforme o bom senso comum) - OBS da blogueira: para o padrão daqui, isso é fichinha para um brasileiro padrão;
  • reparar qualquer dano causado ao apartamento, por você ou por seus convidados, mesmo que sem intenção.

O inquilino é proibido de mudar a fechadura do imóvel (miolo ou segredo) da sua unidade a menos que tenha permissão por escrito do proprietário. Ao contrário do Brasil, onde o proprietário é proibido de ter cópias das chaves do imóvel enquanto alugado, aqui as cópias ficam no rental office (caso de apartment) ou com o proprietário (no caso de condos ou casa).

O proprietário pode entrar na unidade desde que pelas razões estabelecidas no "the Act" e na maioria dos casos, dando aviso de 24 horas ao inquilino. Exceções são: emergências ou autorização prévia ao proprietário.

O depósito do aluguel (conhecido como first and last month): não pode ter valor superior a 2 meses ou semanas (depende da frequencia de pagamento - se mensal ou semanal). O valor referente ao último mês (ou semana) só pode ser usado, única e exclusivamente, para o pagamento do último aluguel e o proprietário deve corrigi-lo (juros e correção) anualmente.

Existem várias regras para aumento do aluguel em relação a frequência e valor mas o comum é: aumento 1x ao ano, pelas taxas anunciadas pelo Minister of Municipal Affairs and Housing. O proprietário deve dar ao inquilino um aviso de aumento, por escrito, em formulário apropriado, com o mínimo de 90 dias de antecedência. Exceções: Unidades novas, sem fins lucrativos ou o chamado "public housing units, residências estudantis e algumas outras situações não cobertas pelas regras de aluguel residencial.

Você deve receber uma cópia do seu contrato em até 21 dias após a data da assinatura e entrega para o proprietário e se o contrato for verbal, você deve receber formalmente o nome e o endereço do proprietário em até 21 dias após o início do aluguel.

O proprietário é proibido de desligar qualquer serviço considerado vital como: água, luz, aquecimento ou água quente ou fria, mas ele tem permissão de desligar os serviços temporariamente por motivos de reparo.

Tirar seus pertences, se você não paga o aluguel, mas continua a viver lá. Trancá-lo para fora da sua unidade por falta de pagamento ou despejo a menos que o proprietário tenha um mandado do "board" e o sheriff (policial) venha a sua casa para cumpri-lo. O Sheriff é a única autoridade que pode, utilizando de força, despejá-lo. (Isso não significa bater em ninguém, mas sim, tirar seus pertences do local, acompanhá-lo e encontrando resistência, prendê-lo.

O proprietário é proibido de exigir que você faça o pagamento através de débito ou cheque pré-datado. Essas formas de pagamento podem ser sugeridas, mas não exigidas.

Para saber mais, acesse: http://www.ltb.gov.on.ca/ - Landlord and Tenant Board ou ligue para 1-888-332 3234. Você pode receber informações por este número 24hrs por dia ou falr com um atendente de segunda a sexta das 8:30a.m às 5:00pm.

Fuja das roubadas:

  • é ilegal cobrar mais de 1 mês/semana (depende da frequência que você paga) de depósito. Se for o caso, denuncie. Aqui a coisa funciona!
  • muitos basements parecem ótimas opções econômicas, mas lembre-se que Toronto é famosa por ter mais ratos que habitantes humanos e o basement é muito apreciado por essas gracinhas, que não são de laboratório!
  • alugar o primeiro andar de 1 casa ou basement pode lhe trazer problemas com abastecimento de água. Verifique se, ao usar a água na cozinha ou chuveiro em um andar o andar abaixo ou acima não fica sem água ou com pouca água nas torneiras da cozinha e banheiro.
  • os proprietários, quando alugam direto para o inquilino, costuma oferecer um dinheiro de volta para que o inquilino não declare o aluguel no seu imposto de renda (assim o proprietário alega ter tido menos renda e recebe mais do governo no return tax). Não entre nessa. Você terá mais benefícios se fizer sua declaração direitinho. Quem disse que aqui não tem o "jeitinho canadense" para sonegar no imposto de renda.
  • sempre pergunte se todos os serviços essenciais estão inclusos no valor do aluguel, como: água quente/fria, aquecimento, eletricidade, etc (all include) e se existe uma taxa chamada de AC Adapter no seu contrato. Se tiver, significa que você pagará a parte uma taxa de ar condicionado caso venha a instalar um em sua unidade. Preste atenção a isso e lembre-se que em Toronto você, com certeza, vai querer ter um AC no verão. Muitos corretores, quando questionados, dizem que isso não existe, mas se você ler bem o seu contrato, pode acabar encontrando este item. No nosso tinha eu eu fiz com que eles tirassem já que eles haviam me informado que não cobravam esta taxa. Eles tentaram alegar que era só não deixar que o escritório soubesse que eu tenho ar-condicionado, mas como o seguro morreu de velho, eu fiz tirar do contrato. Tudo que está ecrito e assinado, está acordado e dificilmente você poderá brigar contra isso.
  • verifique se o seu contrato permite que alguém assuma o seu lease caso você queira sair antes. Isso significa que, dando 90 dias de aviso e encontrando alguém que queira assumir o seu lease e tirar seu nome do contrato (conhecido como take over e não sublet) você poderá sair do imóvel, antes da data final do contrato, sem ser responsável pelos meses vincendos.
  • Agora sim, um conselho de advogada: NUNCA, NUNCA, assine qualquer documento sem antes ter lido completamente e ter entendido cada detalhe. Lembre-se que você está concordando com tudo o que está lá. Falar que não entendeu ou que não sabia inglês depois de assinado o contrato não vai lhe ajudar a resolver o problema.

PS: Juliana Tamashiro: procure sempre uma instituição reconhecida pelo TESOL Canadá (http://www.tesol.org/) e procure também ler o post que escrevi sobre trabalhar com educação no canadá. Boa sorte.

Marrocoy: acho que não há necessidade de odiar o calor. Eu adoro o frio e amo uma praia. Odeio calor quando tenho que trabalhar...rs..rs....passamos bem o inverno aqui. Não é fácil no início por falta da luz solar que tanto estamos acostumados no Brasil mas todos, ou quase todos, sobrevivem!

Laila: estou preparando um post sobre direito trabalhista. Vou postar sobre férias remuneradas, etc...breve...prometo!

Octavio Lacombe: infelizmente não conheço professor de inglês nativo em Campinas. Conheço excelentes professores aí, mas não nativos. Pena não estar morando em Campinas pois adoraria trocar as aulas de inglês por umas aulas de arquitetura (que deveria ter sido minha segunda opção na faculdade...quem sabe um dia ainda realizo isso!). Se ainda quiser indicações, é só avisar!

Tiago Souza: aceito a troca de links. Por pura falta de tempo vou colocar seu link aqui mas assim que possível coloco no Blog. Em que cidade do Canadá você está ou pretende morar?

Marcelo: fiquei te devendo a dica, hein?! Escolas boas e baratas em Montreal...puxa, infelizmente não conheço. Um bom começo para pesquisar é o site: http://www.studycanada.ca/ . Encontrando alguma escola que você tenha interesse, e querendo saber se eu tenho alguma referência sobre a mesma, é só escrever!

Marco Spinelli: escreva suas perguntas que vou respondendo aos poucos. Infelizmente o tempo está curto para e-mail. Sinto muito, mas no que puder, respondo com prazer.

De Volta ao Canadá - Parte II - Será que vale a pena?


O grupo de discussão do Yahoo! foi muito útil para nós durante nosso processo de imigração. Foi lá que tivemos ajuda do Luis para saber onde pegar as declarações necessárias em Campinas -SP e também conhecemos a Maria Farinha, com sua família, (Diva que receberá um post especial sobre ela e seu trabalho, brevemente) que estavam imigrando na mesma época que nós e tornaram-se amigos e dividiram ansiedades e felicidades além da primeira pizza no Canadá.

Eu continuo no grupo e sempre que posso ajudo, mas recentemente travou-se um embate sobre o tema: "Vale a pena imigrar para o Canadá?"

Fiquei pensando que dependendo de onde você está e o que está fazendo da sua vida e do seu grau de satisfação com todos os aspectos dela, (trabalho, família, dinheiro, realizações pessoais, etc) esta pergunta terá respostas muito diferentes e em constante mudança, como as imagens de um caleidoscópio.

Quando chegamos a Toronto, ainda com neve e muito frio, ficamos encantados com a gentileza e educação de todos. Depois de um tempo ficamos decepcionados com a falta de educação e higiene, principalmente no metrô. Quando fomos ao Brasil, ficamos encantados com as novas estações de metrô de São Paulo e com a limpeza dos vagões e das próprias estações.

Depois da fase turista-residente-permanente-deslumbrado vem a fase da procura de emprego, das contas no início, no meio e no fim do mês, da adaptação do resumé e treino para as entrevistas. Cold calls, entrega de curriculum, etc, etc. Por diversas vezes você passa pela situação de ter questionado o fato de não ter experiência Canadense e consegue remediar o fato dizendo que tem experiência internacional e é fluente em 2 idiomas (se não mais).

Como seu telefone não toca, a não ser a Rogers oferecendo um pacote com tv+phone+internet+tudo que você quiser por um monte de meses e de graça até você descobrir que você vai passar muito tempo ao telefone com eles discutindo as contas, como no Brasil, pelo menos eu tinha muito o que reclamar com a NET (serviço de tv, internet em Campinas), o banho de água fria é inevitável. Suas economias fazem o caminho inverso daquele que você sonhava os números da sua conta-corrente começar a ficar desanimador.

Acontece que você é um imigrante e sendo assim, veio preparado para encarar as situações com ânimo e bom humor e lógico que sabíamos que o início não é nada fácil! (Dizem que ao abrir um empreendimentos você apenas investe no primeiro ano, empata no segundo e começar a ver o lucro no terceiro - parece que a teoria se aplica também a imigração).

Depois de um certo tempo, você já sabe andar pelas ruas com mais facilidade, conhece algumas pessoas e seu telefone já toca e as entrevistas começam a aparecer. Após 1 ano, nós já nos sentimos adaptados. Temos uma boa rede de amigos e já temos até lugares preferidos para frequentar.

Olhando o Brasil daqui, tudo o que ouvimos é que a economia está crescendo e as oportunidades aumentando. Olhando o Canadá do Brasil vemos que existem ótimas oportunidades mas que o crescimento é mais lento, porém mais estável.

Olhando o Brasil daqui, vemos como os Brasileiros são preocupados com a opinião dos outros e com o status. Para o Brasileiro, a impressão que dá, é que imigrar não tem volta. Que a volta ao Brasil é uma demonstração de incompetência e de vergonha! Acontece que imigrar é uma das diversas experiências que a vida irá nos proporcionar. Assim como casar e separar não significa incompetência emocional e abrir um empreendimento e fecha-lo não significa incompetência profissional, iniciar uma faculdade e mudar de idéia...e por aí vai...

Eu e meu marido, encaramos tudo como fases e como experiências.

Se vale a pena ou não, sinceramente, não sabemos. Sabemos que não queremos chegar aos 100 anos, isso mesmo, queremos viver muito, sem ter passado por todas as experiências que a vida nos deu, pelo simples medo de não dar certo.

Conhecemos imigrantes com mais de 20 anos no Canadá que sonham em voltar a viver no Brasil, imigrantes que quando tiram suas férias nem pensam em passar pelo Brasil e vão para outros locais do Canadá ou Europa, Caribe, etc. Também conhecemos imigrantes, como eu e meu marido, que continuam achando vantagens nos dois países.

Falando filosoficamente, acreditamos que não existe resposta para tal pergunta. Vale a pena imigrar? VOCÊ que sabe!

De volta ao Canadá - Parte I


Após mais de um mês sem postar no Blog, volto com muita saudades e com muitas coisas para escrever. São tantas emoções! Vamos começar com: PARTE I

Visitar o Brasil foi muito gostoso. Lembrando que quando falo em visitar o Brasil não me refiro ao país propriamente dito mas as pessoas amadas que estão por lá. Já comentei várias vezes como minha família é grande e próxima e como é importante para nós essa união, fazendo com que a distância seja mais sofrida.

Minhas primas organizaram um churrasco que reuniu todos os descendentes do meu bisavô e agregados. Foi muito bacana. Ver que, de apenas um casal, que imigrou do Líbano para o Brasil , nasceram tantas pessoas bacanas. Como a homenagem era para ele, lembramos de suas histórias quando chegou ao Brasil. Foi um ótimo momento para refletir como foi mais fácil para mim a imigração. Meu bisavô foi ao Brasil em um período que o seu país passava por uma guerra, (não sei quando esse período terminou, estou falando do Líbano, certo?!) o que significava dizer, fugido. Sem esperança de volta! Nós não. Saímos do Brasil ano passado com a certeza de que se não gostássemos daqui (Canadá) poderíamos voltar a qualquer momento. Saímos com a certeza de que voltaríamos a rever nossos amigos e nossas famílias. Meu bisavô foi enterrado no Brasil sem nunca ter voltado ao Líbano.

Também lembramos das dificuldades de locomoção (transporte) e comunicação. Fiquei arrependida de ter reclamado do vôo da AirCanada: os DVDs não funcionaram e a única opção para jantar foi frango! Pelo que entendi, meu bisavô demorou 3 meses de navio...e acredito...não tinha DVD...uh?!? Interessante como ficamos exigentes, hein?!

Falando em comunicação, acredito que meu bisavô ficaria apaixonado pela internet, Skype, MSN, WebCam, etc, já que ele estava sempre a frente do seu tempo no quesito tecnologia. Importou seu carro da Europa, quando ainda era difícil ver carros no Brasil e foi um dos primeiros a ter uma máquina de lavar roupas em Campinas-SP (o que virou curiosidade e assunto para 1 mês para as amigas da minha avó - recém casada com meu avô - que ficou livre de lavar as fraldas das crianças a mão).

Todo o processo de imigração ficou mais fácil, basta querer pesquisar que tudo se encontra. Veja o Google Earth, por exemplo! Quando que meu bisavô imaginaria algo assim!
A única coisa em comum que temos com os imigrantes antigos é a saudades. Da comida, da família, dos amigos, dos cheiros e dos lugares prediletos, enfim, de tudo que é emocional e subjetivo!

Nós matamos nossa saudades. Fomos por uma semana a um dos lugares que mais amamos no Brasil e aproveitamos dias lindos de sol, calor, praia limpa, gente educada, segurança e a água salgada e transparente do mar. Quem disse que tudo isso está na Riviera de São Lourenço, (vídeo) acertou! Fica aí uma fotinho, que tiramos no nosso último dia de praia, e que usamos de protetor de tela para aquecer nossos dias de fim de inverno aqui no Canadá!

Prometo que vou responder a todos os post e e-mails que recebi durante esse tempo todo que fiquei "desconectada da vida" e do Blog.

Sejam bem vindos de volta ao Blog! Com muitas novidades e histórias para contar. Com energia renovada pelas águas do mar do Brasil!







O Brasil e o Carnaval!

Inacreditavelmente já passamos mais de 20 dias no Brasil e ainda não conseguimos considerar nossa viagem como férias. São tantas pendências que temos para resolver e tudo tão "burro-crático" que chego a desanimar. Por outro lado encontramos uma cidade com menos crianças pedindo esmolas. Gostei disso. Somos de Campinas (SP), como vocês sabem, e até pouco tempo atrás nossa cidade era referência de sequestros, roubos e assaltos. Hoje parece que a cidade melhorou e pelo que ouvi das pessoas o atual prefeito não tem concorrente. Um dos bairros, próximo ao shopping Dom Pedro (para quem conhece a região) está valorizando 6% ao ano e prédios e condomínios de casas apareceram do nada em 1 ano. Para os profissionais ligados a construção civil eu tenho certeza que não faltaram oportunidades profissionais.


Fizemos a cobertura do carnaval de São Paulo para o jornal que o marido trabalha. Foi uma delícia. Eu nunca havia pisado em um sambódromo antes. Sempre pulei carnaval de rua e salão em cidades pequenas com amigos. Não tenho como descrever a emoção que senti quando a bateria passou ao nosso lado. O coração dispara e todas as cores e sons nos alegram. Agora coloquei na lista das realizações dos próximos anos: descer a avenida no Rio!


Antes de colocar algumas fotos do carnaval vou responder aos amigos:


Andreza Borba: quando fizemos nosso processo ainda não era simplificado. Pelo que entendi você só vai mandar o resultado do IELTS no meio do processo quando for pedido pelo consulado.


Anônimo: me referi ao TESL Canada. Dizem que o TESL ontário também é excelente mas o Canadá lhe dará mais oportunidades. Referências boas que tenho é da George Brown College. Na minha opinião não faça os programas de meio-período. Oxford por exemplo tem um bom mas a carga horária é pouca.


Visitando o Brasil!


Após exatos 11 meses de Canadá nós vamos pisar em solo brasileiro novamente. Estamos ansiosos. Não estávamos quando compramos as passagens, pois ir ao Brasil todo ano é parte do planos, mas agora que temos apenas 16 dias para chegarmos lá, uma mistura de sentimentos tem feito nossas mentes não pararem de refletir.
Olhar o Brasil por um novo ângulo não é novidade para mim. Quando morei nos EUA voltei ao Brasil pensando que meu currículum seria prestigiado e que antes que eu pudesse piscar os olhos eu já estaria bem empregada. A realidade foi outra. Achava que poderia fazer e mudar muitas coisas, mas a realidade também foi outra. Passados alguns dias eu já estava de volta a realidade do Brasil.
Olhando de longe o Brasil é um lugar lindo e delicioso para se viver. Eu gosto de muitas cidades e lugares que temos no Brasil mas até o momento não senti falta de nenhum lugar ou mesmo comida. Tenho sim, muita saudade da minha família e dos meus amigos!
Acreditamos que esta viagem nos trará algumas respostas já que dúvidas não faltam na cabeça de um imigrante! Que jogue a primeira pedra o imigrante, que nunca, nunquinha, questionou se gosta mais do Brasil do que do Canadá (ou qualquer outro país), ou que nunca chorou ou lamentou a saudade (de pessoas ou coisas), etc e tal. Acredito que sentimentos contraditórios fazem parte da vida dos humanos e mais ainda da vida dos imigrantes.
Não nego, meus caros amigos, que abrindo meu coração sem qualquer pudor, posso dizer que nós tínhamos mais conforto no Brasil do que aqui no Canadá. Falo do conforto emocional e material. Também não nego que aqui as oportunidades aparecem com mais clareza e é mais fácil agarrá-las do que no Brasil.
O Brasil tem a vantagem de ser a nossa zona de conforto. Você conhece os melhores lugares, onde deve ir e onde evitar e como negociar. Aqui você tem que reaprender tudo isso e muito mais.
Seja qual for a história de cada um de nós. Nunca saíndo de casa, como meu avô paterno, que só viajava através dos livros ou com rodinhas nos pés, como minha avó materna, que fica irritada se passa um dia todo em casa, nós todos estamos tentando trilhar caminhos diferentes mas para chegar em um mesmo lugar: onde vive a felicidade!
Como estou em fase filosófica, segue dois pensamentos que gosto muito:
"É bem melhor arriscar coisas grandiosas, alcançar triunfo e glória, mesmo expondo-se a derrota, do que formar fila com pobres de espírito, que nem gozam muito e nem sofrem muito, porque vivem nessa penumbra cinzenta que não conhece vitória nem derrota"
Theodore Roosevelt
e:
"Você precisa fazer aquilo que pensa que não é capaz de fazer"
Eleanor Roosevelt
PS: Juliana Tamashiro: Se a área de ensino está em expansão é difícil de responder. Acredito que em expansão sempre esteve e sempre estará mas em alguns países o profissional da educação é valorizado como deve e em outros não. Enquanto houver humanidade haverá educação.
Não conheço empresas que fazem o processo. Nós fizemos tudo sozinhos e não houve qualquer tipo de dificuldade ou problema. O processo é muito simples. Basta você ter os requisitos exigidos.
PS1: Marina. Obrigada pelo interesse no preparatório para o IELTS. Infelizmente não tenho nada programado para aulas nesta minha ida ao Brasil, mas tenho sim um projeto, junto com professores Canadenses, para cursos preparatórios aí no Brasil. Desta vez vou para visitar a família e para várias cidades e não ficarei apenas em Campinas. No momento eu indico a St. Giles em Campinas para o preparatório apesar de não ter qualquer relação comercial com eles e não conhecer os professores atuais.