De volta ao Canadá - Parte I


Após mais de um mês sem postar no Blog, volto com muita saudades e com muitas coisas para escrever. São tantas emoções! Vamos começar com: PARTE I

Visitar o Brasil foi muito gostoso. Lembrando que quando falo em visitar o Brasil não me refiro ao país propriamente dito mas as pessoas amadas que estão por lá. Já comentei várias vezes como minha família é grande e próxima e como é importante para nós essa união, fazendo com que a distância seja mais sofrida.

Minhas primas organizaram um churrasco que reuniu todos os descendentes do meu bisavô e agregados. Foi muito bacana. Ver que, de apenas um casal, que imigrou do Líbano para o Brasil , nasceram tantas pessoas bacanas. Como a homenagem era para ele, lembramos de suas histórias quando chegou ao Brasil. Foi um ótimo momento para refletir como foi mais fácil para mim a imigração. Meu bisavô foi ao Brasil em um período que o seu país passava por uma guerra, (não sei quando esse período terminou, estou falando do Líbano, certo?!) o que significava dizer, fugido. Sem esperança de volta! Nós não. Saímos do Brasil ano passado com a certeza de que se não gostássemos daqui (Canadá) poderíamos voltar a qualquer momento. Saímos com a certeza de que voltaríamos a rever nossos amigos e nossas famílias. Meu bisavô foi enterrado no Brasil sem nunca ter voltado ao Líbano.

Também lembramos das dificuldades de locomoção (transporte) e comunicação. Fiquei arrependida de ter reclamado do vôo da AirCanada: os DVDs não funcionaram e a única opção para jantar foi frango! Pelo que entendi, meu bisavô demorou 3 meses de navio...e acredito...não tinha DVD...uh?!? Interessante como ficamos exigentes, hein?!

Falando em comunicação, acredito que meu bisavô ficaria apaixonado pela internet, Skype, MSN, WebCam, etc, já que ele estava sempre a frente do seu tempo no quesito tecnologia. Importou seu carro da Europa, quando ainda era difícil ver carros no Brasil e foi um dos primeiros a ter uma máquina de lavar roupas em Campinas-SP (o que virou curiosidade e assunto para 1 mês para as amigas da minha avó - recém casada com meu avô - que ficou livre de lavar as fraldas das crianças a mão).

Todo o processo de imigração ficou mais fácil, basta querer pesquisar que tudo se encontra. Veja o Google Earth, por exemplo! Quando que meu bisavô imaginaria algo assim!
A única coisa em comum que temos com os imigrantes antigos é a saudades. Da comida, da família, dos amigos, dos cheiros e dos lugares prediletos, enfim, de tudo que é emocional e subjetivo!

Nós matamos nossa saudades. Fomos por uma semana a um dos lugares que mais amamos no Brasil e aproveitamos dias lindos de sol, calor, praia limpa, gente educada, segurança e a água salgada e transparente do mar. Quem disse que tudo isso está na Riviera de São Lourenço, (vídeo) acertou! Fica aí uma fotinho, que tiramos no nosso último dia de praia, e que usamos de protetor de tela para aquecer nossos dias de fim de inverno aqui no Canadá!

Prometo que vou responder a todos os post e e-mails que recebi durante esse tempo todo que fiquei "desconectada da vida" e do Blog.

Sejam bem vindos de volta ao Blog! Com muitas novidades e histórias para contar. Com energia renovada pelas águas do mar do Brasil!







1 comentários:

Ju disse...

Oi Nanny!

Fazia tempo que não passava por aqui! Bom saber que vcs estão bem! Comparando com tudo que seu bisavô passou, imigração pra gente é mordomia quase....rs

Beijos!
Ju